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Ocha: 2018 teve número recorde de mortos e feridos em Territórios Palestinos BR

Menino de 12 anos junto a casas destruídas na cidade de Rafa, no sul da Faixa de Gaza
Unicef/Eyad El Baba
Menino de 12 anos junto a casas destruídas na cidade de Rafa, no sul da Faixa de Gaza

Ocha: 2018 teve número recorde de mortos e feridos em Territórios Palestinos

Paz e segurança

Mais de 61% das 295 mortes ocorreram na chamada Grande Marcha de Retorno junto à cerca que separa Israel da Faixa de Gaza; insegurança alimentar afetou cerca de 1,3 milhão de pessoas na região.

Um total de 295 palestinos foram mortos e mais de 29 mil ficaram feridos nos Territórios Palestinos em 2018.

O número de vítimas fatais é o mais alto de um único ano, desde o conflito em Gaza, em 2014. O registro de feridos também é o mais alto desde que começou a ser documentado pelo Escritório das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Ocha, em 2005.

2018 teve número recorde de mortos e feridos em Territórios Palestinos

Protestos

De acordo com a ONU, 180 pessoas morreram no contexto dos protestos conhecidos como "Grande Marcha de Retorno", perto da cerca que separa Israel de Gaza.

Segundo o Ocha, pelo menos 28 palestinos mortos este ano pertenciam a grupos armados em Gaza. Outros 15 eram acusados de ataques a israelenses na Cisjordânia.

Um total de 14 israelenses foram mortos por palestinos e pelo menos 137 ficaram feridos este ano. Já a proporção de civis feridos subiu pela metade se comparada a 2017.

Ocha registrou 265 incidentes em que israelenses mataram, feriram ou ainda danificaram propriedades palestinas, em assentamentos.
Unicef/ El Baba
Ocha registrou 265 incidentes em que israelenses mataram, feriram ou ainda danificaram propriedades palestinas, em assentamentos.

Bloqueio 

O Ocha registrou 265 incidentes em que israelenses mataram, feriram ou ainda danificaram propriedades palestinas, em assentamentos. Esses incidentes subiram 69% em comparação ao ano passado.

A continuação dos bloqueios terrestre, marítimo e aéreo impostos por Israel à Faixa de Gaza limitou o movimento de pessoas.

Nessa região, a insegurança alimentar afetou cerca de 1,3 milhão de palestinos, ou 68% da população. Os motivos principais incluem a pobreza e o desemprego. A taxa de pessoas sem trabalho foi de 53% nos três primeiros trimestres do ano, o que foi considerado um recorde histórico na região.

A ONU alertou que o financiamento para intervenções humanitárias diminuiu drasticamente apesar do aumento das carências nos Territórios Palestinos.

Do apelo de US$ 540 milhões para o Plano de Resposta Humanitária feito para este ano, o Ocha recebeu menos da metade.

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Faixa de Gaza, a insegurança alimentar afeta 68% da população.
WFP/Wissam Nassar
Faixa de Gaza, a insegurança alimentar afeta 68% da população.