De refugiada angolana para o mundo: “Tudo é possível. Há pessoas que estão a tentar ajudar”
Jemima Nsenga, de 18 anos, canta em grupo coral que celebrou a adoção do Pacto Global sobre Refugiados; ela foi recolocada nos Estados Unidos pelo Acnur; mais de 3 milhões de refugiados vivem em território norte-americano.
Para marcar a adoção do Pacto Global sobre Refugiados, as Nações Unidas reuniram centenas de convidados. Entre altos funcionários, parceiros e jovens de vários países estevava a angolana Jemima Nsenga, de 18 anos.
A jovem vive nos Estados Unidos desde 2016, ano em que chegou da China acompanhada da família transferida numa iniciativa da Agência da ONU para Refugiados, Acnur.
Coral Pihcintu
Jemima empresta a sua voz ao coral de meninas chamado Pihcintu, formado por refugiadas de todo o mundo. Ela entreteve os participantes da celebração da adoção do acordo na segunda-feira, um ato que para ela transporta esperança.
“Sou refugiada como todos aqui e vivo com os meus pais. O que eu quero dizer para todos os refugiados é que tenham fé. Tudo é possível. Há pessoas que estão a tentar ajudar. Há pessoas que estão a tentar mudar e tentar trazer a diferença, tenham fé. Acreditem que as coisas vão mudar.”
Três anos foi o tempo de espera de Jemima na China, antes de ser transferida para os EUA. O seu novo lar acolhe mais de 3 milhões de refugiados de todo o mundo.
Celebração
Várias mensagens foram transmitidas na ONU à margem da celebração onde esteve a presidente da Assembleia-Geral, María Fernanda Espinosa, a vice-secretária-geral, Amina Mohammed, e o alto comissário para Refugiados, Fillipo Grandi.
As Nações Unidas esperam que o novo acordo internacional ajude a dar uma resposta “mais forte e justa aos grandes movimentos de refugiados”, além de apoiar aos que deixam as suas terras de origem. Outro objetivo é prestar auxílio aos países anfitriões, que muitas vezes estão entre os mais pobres do mundo.