Comunidade humanitária quer US$ 350 milhões para ajudar Territórios Palestinos
Plano de Resposta Humanitária de 2019 prevê apoiar 1,4 milhão de pessoas na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental; atores humanitários dizem que estão prontos para fazer mais se houver mais fundos e espaço para operar.
As Nações Unidas e a Autoridade Nacional Palestina lançaram esta segunda-feira um apelo humanitário de US$ 350 milhões, para financiar a assistência durante o próximo ano.
O Plano de Resposta Humanitária de 2019 prevê cobrir 203 projetos a serem executados por 88 instituições nacionais, internacionais, agências das Nações Unidas e organizações não-governamentais.
Operações
A prioridade do plano é cobrir 1,4 milhão de palestinos na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental que precisam de comida, saúde, abrigo, água e saneamento.
Segundo o coordenador humanitário da ONU para os Territórios Palestinos , Jamie McGoldrick, o novo plano "permite maximizar os fundos limitados, mas ainda é necessária maior assistência". Os atores humanitários dizem que estão prontos para oferecer mais ajuda, se houver mais fundos e espaço para realizar as operações.
Uma declaração conjunta lançada esta segunda-feira em Ramallah, na Cisjordânia, sublinha que os atores humanitários enfrentam desafios sem precedentes, incluindo o financiamento mais baixo de sempre e um aumento de ataques que afetam a ação humanitária.
Unrwa
McGoldrick disse que o novo plano era reflexo do que se pode realizar em “contexto altamente restrito”.
No ano passado, os Estados Unidos reduziram o financiamento para a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, que presta serviços a mais de 5 milhões de refugiados.
Cerca de 77% dos fundos solicitados no plano de 2019 serão destinados à Faixa de Gaza.
Vítimas
Desde 30 de março, a situação humanitária tem piorado na área devido ao aumento das vítimas de confrontos nas manifestações.
De acordo com a declaração, esse cenário levou a uma grave situação humanitária devido ao bloqueio de Israel, às divisões políticas internas entre palestinos e aos confrontos recorrentes.