Cinco anos de conflito no Sudão do Sul: "o povo merece o fim do sofrimento”

Acnur pede participação refugiados em esforços para alcançar um processo de paz genuíno e inclusivo; combates que deslocaram 1,8 milhão de pessoas marcam a “maior fonte de deslocamento no continente africano”.
Para marcar o quinto aniversário do início do conflito no Sudão do Sul, a Agência de Refugiados da ONU, Acnur, reiterou o apelo a todas as partes para que continuem buscando uma paz sustentável e duradoura.
Em nota, o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, destaca que o povo sul-sudanês merece o fim do sofrimento. Ele sublinha que muitas dessas pessoas foram deslocadas por várias vezes.
O representante disse que a paz deve prevalecer e "feridas do conflito levarão tempo para cicatrizar". Mas declarou que esse processo só pode ser sustentado se houver envolvimento das partes do conflito no diálogo, na busca de soluções políticas e a deposição de suas armas de uma vez por todas.
Mais de 2 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas para buscar segurança nos países vizinhos, após o início dos confrontos entre o governo e rebeldes em meados de dezembro de 2015.
Os combates deslocaram 1,8 milhão de pessoas e a situação sul-sudanesa ficou conhecida como a “maior fonte de deslocamento no continente africano”. O Acnur destaca que quase dois terços das pessoas que abandonaram as suas casas são crianças.
A agência das Nações Unidas disse estar pronta para ajudar nos esforços para alcançar um processo de paz genuíno e inclusivo e expressa seu "apoio à participação significativa e inclusiva dos refugiados em qualquer acordo".