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Coordenador da ONU: “Timor-Leste continua a lutar pelos seus direitos humanos”

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Unicef Timor-Leste/2018/Amin
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Coordenador da ONU: “Timor-Leste continua a lutar pelos seus direitos humanos”

Direitos humanos

Na semana que marca o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, coordenador residente da ONU no país lembra percurso feito desde o referendo sobre a independência timorense em 1999.

O coordenador residente da ONU em Timor-Leste, Roy Trivedy, acredita que o país lusófono “continua a lutar pelos seus direitos humanos”. As declarações foram feitas à ONU News para marcar o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

As Nações Unidas estão em Timor-Leste desde o referendo para a independência da Indonésia realizado em 1999. A organização foi responsável pela consulta popular. O país tornou-se membro da ONU três anos depois. De novembro de 1999 a maio de 2002, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello exerceu o cargo de administrador de transição da ONU. 

Coordenador residente da ONU em Timor-Leste, Roy Trivedy.
Coordenador residente da ONU em Timor-Leste, Roy Trivedy, by ONU News

História

Em declarações feitas de Díli, o coordenador residente lembrou que “Timor-Leste fez um enorme sacrifício pela liberdade” e afirmou que o país “continua a lutar pela independência.”

“A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi uma luz grande que brotou das trevas da Segunda Guerra Mundial, onde quase todos os países sofreram na mão de déspotas e tiranos.”

Acompanhamento

Depois de a Missão de Paz da ONU no país terminar, em 2012, a organização nomeou uma Unidade de Conselheiros de Direitos Humanos para o país.

Este organismo ajuda o país a fortalecer a sua ação nesta área, com foco na luta contra a discriminação, combate à impunidade, aumento do espaço democrático e fortalecimento dos mecanismos de direitos humanos.

Para Trivedi, é preciso lembrar que “direitos humanos não são uma série de palavras em qualquer documento.”

“A Declaração Universal foi um acordo de todos os líderes mundiais, na sede das Nações Unidas, declarando de uma vez e para sempre os direitos de todos os seres humanos, independentemente da raça, cor, religião, sexo, idioma, opinião política ou outra, o regime nacional ou social, propriedade, nascimento ou outro estado. Todos nós temos direitos.”

No próximo ano, Timor-Leste entrega a sua Avaliação Nacional Voluntária, onde deve fazer um balanço sobre as suas metas e progresso. 

Importância

A Declaração Universal foi adotada pela Assembleia Geral três anos após o fim da Segunda Guerra Mundial. O texto foi discutido, durante 18 meses, por um comitê com membros e conselheiros de todo o mundo.

Para marcar esta data, a ONU preparou uma série de iniciativas. O escritório de Direitos Humanos organizou 14 eventos, em sete fusos horários diferentes, na Ásia, Oriente Médio, África, Europa, América do Norte e América Latina.

Ao mesmo tempo, acontecem várias campanhas na internet. Uma iniciativa pede que crianças expliquem o que são direitos humanos em três minutos e outra pede que as pessoas assinem um compromisso com estes direitos. Mais de 27 mil pessoas já assinaram.