Plateia internacional aprecia filme “Touro Ferdinando” nas Nações Unidas com diretor brasileiro
Organização fez parceria com a Missão do Brasil para marcar os 70 Anos da Declaração do Direitos Humanos; falando à ONU News, diretor Carlos Saldanha destaca mensagem de tolerância, não-violência e paz.
Luzes se apagaram nas Nações Unidas para a projeção do filme “Touro Ferdinando” nesta quarta-feira. Dezenas de representantes internacionais e convidados contemplaram a produção que envolveu mais de 500 pessoas em quatro anos.
Essa e outras revelações sobre essa animação foram feitas à ONU News pelo diretor brasileiro Carlos Saldanha, que também falou da relação da obra com a audiência global.

Tolerância
“Fiquei muito feliz de poder mostrar o filme agora nesta semana dos Direitos Humanos, aqui na ONU, porque o filme fala sobre isso. Fala sobre a tolerância, sobre a não-violência, a paz, fala de um touro que não quer lutar e não só. Ele quer ser aceite por quem ele é não o que as pessoas queiram que ele seja.”
Segundo as Nações Unidas, a animação está alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16, que prevê promover sociedades pacíficas e inclusivas. Daí a aposta na parceria com a Missão do Brasil junto à ONU que trouxe o filme para as telas da organização.
Pouco tempo após chegar aos cinemas em janeiro, o filme foi um dos cinco indicados para categoria de melhor animação na edição do Oscar de 2018.
Diferença
O diretor, que esteve à frente de outras animações como a "Era do Gelo" e "Rio", falou do impacto do Touro Ferdinando para as crenças de jovens e para que estes façam a diferença em situações que podem ser mais significativas criando harmonia.
“Acho que no final a tolerância é primordial, é essencial para todos. Não importa quem você é, de onde você vem. O que importa é você ser aceito, porque você é por dentro e não necessariamente por fora. No final essa é a mensagem principal.”
Quando as luzes da sala acenderam, essa mensagem foi a debate num painel que envolveu a subsecretária-geral para Comunicação Global da ONU, Alison Smale, e o embaixador do Brasil Mauro Vieira.