Perspectiva Global Reportagens Humanas

Seleção formada por oito nações vence Copa do Brasil de Refugiados BR

O time vencedor é formado por jogadores de países como Síria, Nigéria, Angola, Togo, Guiné-Bissau e República Democrática do Congo.
© Acnur/MiguelPachioni
O time vencedor é formado por jogadores de países como Síria, Nigéria, Angola, Togo, Guiné-Bissau e República Democrática do Congo.

Seleção formada por oito nações vence Copa do Brasil de Refugiados

Migrantes e refugiados

Vitória do Futebol Clube Malaika sobre Angola aconteceu nos pênaltis por 4 a 3; quinta edição da competição foi apoiada por Acnur, governo de São Paulo e parceiros; final aconteceu na terça-feira.

A seleção Futebol Clube Malaika, formada por jogadores refugiados sub-20 de oito diferentes países, se sagrou campeã da Copa do Brasil de Refugiados de 2018. A final aconteceu na terça-feira no Estádio do Pacaembú, em São Paulo.

O time vencedor é formado por jogadores de países como Síria, Nigéria, Angola, Togo, Guiné-Bissau e República Democrática do Congo. O nome Malaika significa “anjos” e representa a união entre os povos

Primeira edição aconteceu em 2014 para integrar os refugiados no contexto da Copa do Mundo que acontecia no Brasil
Primeira edição aconteceu em 2014 para integrar os refugiados no contexto da Copa do Mundo que acontecia no Brasil. Foto: © Acnur/MiguelPachioni

Referência Esportiva

Sobre a iniciativa apoiada pela Agência da ONU para Refugiados, Acnur, o técnico dos vencedores, o nigeriano Mavis, disse que seu time mostrou em campo “uma determinação de campeões”.

O Acnur Brasil defende que a Copa dos Refugiados já se tornou uma referência do calendário esportivo de São Paulo, onde acontece há cinco anos. A agência destaca o “grande prestígio” do evento entre diferentes comunidades de refugiados.

Discursando no final da premiação, o prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas, reafirmou a importância do convívio pacífico e respeitoso neste Dia da Consciência Negra, feriado em grande parte das cidades do Brasil.

Segundo ele “a cidade de São Paulo reafirma o seu compromisso na luta contra o preconceito”. Mais recentemente, a Copa dos Refugiados foi integrada também às atividades esportivas das cidades de Porto Alegre e do Rio de Janeiro.

Integração

O tema do campeonato de futebol foi “Não me julgue antes de me conhecer”. A parceria entre a ONG África do Coração e o Acnur começou em 2014 para integrar os refugiados no contexto da Copa do Mundo que acontecia no Brasil.  

Em 2018, cerca de mil refugiados, migrantes e até brasileiros estiveram nas fases regionais da disputa, com 41 seleções formadas por jogadores de 27 nacionalidades.

Seleção formada por oito nações vence Copa do Brasil de Refugiados