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ONU e setor privado lançam iniciativa para melhorar auxilio humanitário na Nigéria BR

Para o Ocha, a crise na Nigéria é "uma das mais graves no mundo”
Foto Ocha: Yasmina Guerda
Para o Ocha, a crise na Nigéria é "uma das mais graves no mundo”

ONU e setor privado lançam iniciativa para melhorar auxilio humanitário na Nigéria

Direitos humanos

Fundo Humanitário quer aumentar resposta no nordeste nigeriano e nas nações vizinhas; a estima é de que 7 milhões de pessoas precisem de ajuda; insegurança alimentar devido ao conflito afeta 3 milhões de nigerianos.

O Escritório das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Ocha, lança esta quinta-feira uma iniciativa com líderes empresariais da Nigéria. A meta é envolver empresas privadas em ações de assistência.

O Fundo Humanitário da Nigéria quer aproveitar os recursos financeiros e a experiência que o setor privado pode oferecer em prol de uma resposta humanitária mais eficaz e oportuna no país.

Refugiados nigerianos fogem da violências causada pelo Boko Haram.
Refugiados nigerianos fogem da violências causada pelo Boko Haram. , by Acnur/Hélène Caux

Vizinhos

Com a nova iniciativa, as agências humanitárias deverão aumentar suas ações no nordeste, onde milhões de famílias estão afetadas pela atual crise humanitária. A situação também afeta os vizinhos Camarões, Chade e Níger.

Para o escritório, a crise é "uma das mais graves no mundo”. Pelo menos 7,7 milhões de pessoas precisam de auxílio humanitário nos estados nigerianos de Borno, Adamawa e Yobe que são os mais atiingidos pela violência do grupo terrorista Boko Haram.

Dependência

O Ocha indica que a segurança alimentar e nutricional continua extremamente frágil na área. Os fatores principais para esta situação incluem a alta dependência da ajuda internacional e a falta de acesso à terra e aos meios de subsistência.

De acordo com as Nações Unidas, pelo menos 3 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar crítica na Nigéria. Destas, quase 1 milhão são crianças com idades entre seis meses e cinco anos sofrendo de desnutrição grave.

O Ocha apoiou a conferência de doadores realizada em setembro, em Berlim, que culminou com a promessa de US$ 2,5 bilhões para projetos humanitários, de estabilização e recuperação na região do Lago Chade.