Agências da ONU revelam danos após intensificação de confrontos no Iêmen
Pacientes e pessoal de saúde foram atingidos por balas perdidas e um estilhaço em hospital de Hodeida; mais de 50 granadas foram lançadas contra instalações que armazenam alimentos no mar Vermelho.
Agências das Nações Unidas que operam em diferentes áreas do Iêmen revelaram que a intensificação do conflito interrompe suas atividades e causa danos materiais afetando sua atuação.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, revelou que nas últimas 72 horas tiveram lugar confrontos em várias áreas de Hodeida perto do hospital Al-Thowra, o principal da província iemenita.
Emergência
As instalações foram atingidas por balas perdidas e um estilhaço perfurou a unidade de emergência pediátrica ferindo duas crianças e uma enfermeira.
Com a escalada dos confrontos, o acesso aos serviços de saúde essenciais ficou mais difícil e baixou o número de pacientes que aparecem em consultas médicas diárias. As emergências atendem menos de metade das pessoas habituais e a emergência obstétrica fechou porque os funcionários de saúde deixam a cidade.
A OMS forneceu 127 mil litros de combustível a três hospitais e aos principais centros de hemodiálise, oncologia e laboratório. O banco de sangue de Hodeida recebeu 2 mil bolsas do líquido.
Granadas
Também esta terça-feira, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, revelou que silos que armazenam alimentos em suas instalações do mar Vermelho foram alvos de mais de 50 granadas lançadas nos últimos dias.
Os locais estão intactos e aparentemente nada foi perdido do estoque de mais de 51 mil toneladas de trigo para alimentar mais de 3,7 milhões de pessoas por um mês, em áreas do centro e norte.
Essas instalações passaram a ser controladas pela coalizão liderada pela Arábia Saudita. A agência quer voltar a ter o acesso perdido em agosto para retomar as atividades.
O diretor executivo do PMA, David Beasley, chegou ao país na segunda-feira para avaliar a situação da segurança alimentar e criar o plano com parceiros para aumentar o número de beneficiários de ajuda, que atualmente chega a 8 milhões.