Iniciativas do Brasil recebem Prêmio Campeões da Malária   

Prêmios foram entregues no Dia de Combate à Malária nas Américas pela Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, e pela Organização Mundial da Saúde, OMS.
Captura vídeo Opas.
Prêmios foram entregues no Dia de Combate à Malária nas Américas pela Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, e pela Organização Mundial da Saúde, OMS.

Iniciativas do Brasil recebem Prêmio Campeões da Malária   

Saúde

Opas contempla programas dos estados de Roraima e Amazonas por reduzirem casos da doença; mais de 120 milhões de pessoas das Américas estão em risco de ficar doentes.

Dois programas de controle da malária no Brasil estão entre os quatro vencedores do Prêmio Campeões da Malária das Américas.

O reconhecimento da Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, e seus parceiros foi para o Programa Municipal de Controle da Malária de Machadinho D'Oeste, no estado de Rondônia, e o Programa de Malária Alto Rio Solimões, no Amazonas. Outros vencedores são do Paraguai e do Suriname.

Resultados

Estratégias do Programa de Machadinho D'Oeste levaram a um maior acesso ao diagnóstico e tratamento e no uso de mosquiteiros. O resultado foi uma redução de 44% nos casos de malária entre 2016 e 2017.

Malaria Champions in the Americas 2018: Machadinho D'oeste on the road to Malaria elimination

O Programa em Alto Río Solimões foi distinguido pelos esforços para controlar a malária em áreas indígenas. Desde 2015, os casos da doença baixaram em 70% em uma área de difícil acesso, onde 70 mil pessoas vivem em 13 aldeias ao longo das margens do rio.

A diretora adjunta da Opas, Isabella Danel, afirmou que “essas experiências reafirmam a convicção de que a eliminação da malária é uma meta alcançável.”

A responsável pediu aos parceiros "que continuem trabalhando juntos para enfrentar os desafios, fechar as lacunas e encontrar soluções que levem à eliminação da malária".

Malaria Champions in the Americas 2018: Alto Rio Solimões Amazonas

Doença

A doença transmitida por mosquitos continua sendo endêmica em 20 países das Américas e a maioria dos casos ocorre na sub-região amazônica. No total, mais de 120 milhões de pessoas correm o risco de contrair a malária na região.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a Argentina está perto de certificar a eliminação. Belize, Costa Rica, Equador, El Salvador, México e Suriname reduziram a incidência de casos e podem eliminar a doença até 2020.

O coordenador adjunto global para a Malária dos EUA, Rick Steketee, acredita que “o investimento contínuo e o compromisso da região em combater a malária está dando resultados.

OMS realça a inspiração para várias nações dada por  países que se aproximam da eliminação da doença
Em junho deste ano, o Paraguai se tornou o primeiro país das Américas em 45 anos a obter a certificação oficial da OMS por ter eliminado a malária, by OMS/Paho

Vencedores

O concurso também distinguiu o Programa de Malária do Suriname, que introduziu um modelo centrado nas pessoas, com foco em mineiros migrantes e comunidades indígenas. Segundo a Opas, a iniciativa desenvolveu as capacidades locais e levou a melhorar o diagnóstico, o tratamento e o controle.

Por fim, a Opas premiou o Programa Nacional de Controle da Malária no Paraguai, que presta acesso universal ao diagnóstico e tratamento da malária. Devido a esse trabalho, o país não tem casos autóctones de malária desde 2011. Em junho deste ano, o Paraguai se tornou o primeiro país das Américas em 45 anos a obter a certificação oficial da OMS por ter eliminado a malária.

Este ano marca o 10º aniversário do Prêmio dos Campeões da Malária, que foi criado em 2008. Desde então, a iniciativa já reconheceu as 27 melhores práticas de combate à malária de 13 países.

Os parceiros do prêmio incluem a Fundação das Nações Unidas e as Universidades George Washington e John Hopkins, dos Estados Unidos