Equador: Unicef saúda novo protocolo para proteger crianças desalojadas

Documento pretende proteger crianças migrantes; Unicef trabalhou com governo equatoriano; segundo agências da ONU, 120 mil crianças venezuelanas entraram no Equador este ano.
O governo do Equador assinou esta terça-feira um novo protocolo para a proteção de crianças desalojadas, inclusive as que chegam da Venezuela.
Liderado pelo Ministério das Relações Exteriores e Mobilidade Humana e pelo Ministério da Inclusão Económica e Social, o “Protocolo para a assistência de crianças, adolescentes e suas famílias em contextos de mobilidade humana no Equador” estabelece mecanismos de proteção para as crianças migrantes.
Esta ferramenta aplica-se às crianças que viajam sozinhas ou com as suas famílias e que não têm documentação oficial.
O Unicef prestou assistência técnica e atuou com o Governo do Equador promovendo a redação deste Protocolo.
A diretora regional da agência para a América Latina e o Caribe, Cristina Perceval, saudou a adoção desta “decisão ética e política do governo do Equador”.
Durante a cerimónia de assinatura ela afirmou que este Protocolo deve “inspirar outros governos da região a garantir os direitos das crianças migrantes, de acordo com o melhor interesse da criança e com o princípio de extraterritorialidade e transnacionalidade dos direitos humanos”.
Segundo a Organização Internacional para a Migração e a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, 2,3 milhões de pessoas deixaram a Venezuela para outros países da América Latina e do Caribe.
Pelo menos 670 mil venezuelanos, 120 mil dos quais são crianças, entraram no país este ano.
No Equador, o Unicef implementa e alarga sua resposta para ajudar crianças migrantes e famílias em trânsito, nos pontos de chegada e nas comunidades de destino. O objetivo é garantir o acesso a água potável e saneamento bem como educação, saúde, nutrição e proteção para todas as crianças.
A agência reitera o seu apelo a todos os governos para que priorizem os melhores interesses das crianças na aplicação das leis e procedimentos de imigração, para manter as famílias unidas, encontrar alternativas à detenção de crianças e garantir os direitos de todas elas.