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Ebola: altos funcionários da ONU avaliam saúde e segurança no epicentro do surto na RD Congo

Subsecretário-geral para as Operações de Manutenção de Paz e diretor-geral da Organização Mundial da Saúde em Kinshasa, na RD Congo.
Monusco
Subsecretário-geral para as Operações de Manutenção de Paz e diretor-geral da Organização Mundial da Saúde em Kinshasa, na RD Congo.

Ebola: altos funcionários da ONU avaliam saúde e segurança no epicentro do surto na RD Congo

Saúde

Em Beni, chefes das Operações de Manutenção de Paz e da OMS receberam informe do Ministério da Saúde e das Forças Armadas do país; décimo surto matou pelo menos 189 pessoas e infectou um total de 305 congoleses desde agosto.

Altos funcionários das Nações Unidas visitaram esta quarta-feira a cidade de Beni, onde foi confirmado o mais recente surto de ebola na República Democrática do Congo, RD Congo.

As situações da epidemia e da segurança para combater o surto foram temas de um informe dado ao subsecretário-geral para as Operações de Manutenção de Paz, Jean-Pierre Lacroix, e ao diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, Tedros Ghebreyesus.

OMS: surto de ebola na República Democrática do Congo é complexo e desafiador

Sinais Positivos

No centro de operações, o chefe da OMS disse que o surto atual é complexo e desafiador. Ele declarou haver sinais positivos, com destaque para a “atuação conjunta” entre as partes para acabar com o décimo surto que acontece no país.

Pelo menos 305 pessoas foram infectadas e 189 morreram de ebola desde que foi declarado o surto em 1º  de agosto passado. Na área de Beni, operam 270 funcionários da OMS.

Segundo o diretor da OMS, um dos principais desafios para acabar com a doença é a situação de segurança nas áreas vizinhas da cidade, daí o contato com as Forças Armadas para entender os desafios de segurança e como superá-los para acabar com o surto.

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Nesta quarta-feira, a agência começou a vacinar profissionais de saúde que atuam para prevenir a doença no Uganda. A ação é realizada em parceria com as autoridades de saúde ugandesas em cinco distritos de alto risco que fazem fronteira com a RD Congo.

Proteção

No total serão aplicadas 2,1 mil doses da vacina "rVSV-Ebola" para proteger a esses funcionários do tipo de vírus que circula em algumas partes do território congolês. A vacina já é usada na RD Congo e teve resultados positivos de proteção contra o vírus da estirpe Ebola-Zaire.

As autoridades de saúde dizem que estão atuando com cautela vacinando os profissionais de saúde antes de se detectar qualquer caso no Uganda, após experiencias negativas.

Segundo a agência, vários profissionais que foram infetados e morreram cuidando de pacientes podiam ter sido salvos se uma vacina estivesse disponível na época.

A vacina "rVSV-Ebola" é usada de forma experimental por ainda não ter licença para uso comercial. O produto foi usado durante o surto que ocorreu na província de Equador entre maio e julho de 2018.

De acordo com a agência, a vacina foi testada em mais de 16 mil voluntários em África, na Europa e nos Estados Unidos, onde se mostrou segura e capaz de proteger da infeção pelo vírus ebola.