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Assembleia Geral renova resolução pedindo fim do embargo a Cuba BR

Resolução não vinculativa tem sido adotada pela maioria esmagadora dos Estados-membros da ONU.
ONU/Evan Schneider
Resolução não vinculativa tem sido adotada pela maioria esmagadora dos Estados-membros da ONU.

Assembleia Geral renova resolução pedindo fim do embargo a Cuba

Assuntos da ONU

Primeira vez na história, Estados Unidos propuseram emendas ao projeto de resolução; documento teve votos desfavoráveis dos EUA e de Israel.

A Assembleia Geral adotou esta quinta-feira uma resolução renovando o pedido do fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba. A decisão teve 189 votos a favor e dois contra dos Estados Unidos e de Israel.

Desde 1992, a resolução não vinculativa tem sido adotada pela maioria esmagadora dos Estados-membros. Somente em 2016, os Estados Unidos se abstiveram na votação.

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, afirmou que o embargo viola propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
ONU/Evan Schneider
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, afirmou que o embargo viola propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.

Emendas

Pela primeira vez na história, os EUA pediram oito emendas ao projeto de resolução, apontando para a situação dos direitos humanos, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e do Estado de direito no país caribenho.

Essas emendas foram rejeitadas por pelo menos 113 países, recebendo votos favoráveis dos Estados Unidos, de Israel e da Ucrânia.

Embaixadora dos EUA junto à ONU, Nikki Haley, defende que durante 27 anos “tem havido o mesmo debate sobre Cuba.
ONU/Evan Schneider
Embaixadora dos EUA junto à ONU, Nikki Haley, defende que durante 27 anos “tem havido o mesmo debate sobre Cuba.

O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodriguez, disse antes da votação que o bloqueio constitui uma violação dos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.

Liberdade

Para o representante, o bloqueio é  um “ato de agressão e de guerra econômica que quebra a paz e a ordem internacional em seu país”. Rodriguez disse ainda  que “o embargo fragiliza as regras de comércio e de liberdade de navegação que são universalmente reconhecidas”.

Na ocasião, a embaixadora dos EUA junto à ONU, Nikki Haley, disse que durante décadas a Assembleia Geral da ONU não conseguiu demonstrar liderança e pedir uma vida melhor para os cubanos.

Ela defendeu que durante 27 anos “tem havido o mesmo debate” e, segundo ela, “nada mudou para melhor em Cuba”.

 

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