Dois soldados da paz morrem em ataque no Mali

Missão de paz é a mais perigosa em todo o mundo para os boinas-azuis da ONU; ataque causou vários feridos.
Dois soldados da paz foram mortos e vários outros feridos após um ataque no Mali, informou este sábado a Missão de Estabilização da ONU no país, Minusma.
A missão de paz é a mais perigosa em todo o mundo para os boinas-azuis da ONU. Segundo dados do Departamento de Operações de Manutenção de Paz, no ano passado, morreram 42 soldados da paz no país.
Em nota publicada pelo seu porta-voz, o secretário-geral, António Guterres, condenou o ataque entregou as suas condolências às famílias das vítimas.
O chefe da ONU lembra que "os ataques contra soldados da paz das Nações Unidas podem ser crimes de guerra segundo a lei internacional."
Guterres também mostrou solidariedade com o povo do Mali, dizendo que a ONU continua determinada em apoiar os esforços do governo e do povo no caminho da paz.
Em comunicado, a Missão disse que o ataque aconteceu na base de Ber, perto de Timbuktu. Os soldados da paz "repeliram um ataque complexo, lançado simultaneamente por várias veículos armados com lança-foguetes e metralhadoras."
Os boinas-azuis perseguiram os agressores não identificados e, algumas horas depois, na região de Mopti, foram atacados novamente, desta vez através de dispositivos explosivos improvisados.
O representante especial da ONU e chefe da Minusma, Maamat Saleh Annadif, expressou sua indignação com os ataques realizados por “inimigos da paz”.
Annadif disse que condena “fortemente este ataque brutal que não prejudicará a determinação de apoiar o Mali em sua marcha para a paz.”
Segundo ele, "os autores desses crimes devem ser processados e obrigados a pagar por suas ações."
O chefe da Minusma estendeu suas condolências às famílias dos mortos e desejou aos feridos uma "rápida e completa recuperação".
A violência no país, com a proliferação de grupos armados que lutam contra forças do governo e seus aliados, aumentou há seis anos, depois de um golpe fracassado.