Agências da ONU pedem expansão de proteção social para 4 bilhões de pessoas
Governos devem promover diálogo para aumentar cobertura das pensões públicas, cuidados de saúde, abonos de família, subsídios de desemprego e maternidade; apenas 45% da população global tem acesso à proteção social.
O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, OIT, Guy Ryder, e a alta comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediram aos líderes mundiais que apoiem programas de segurança social.
Os representantes acreditam que estes programas devem chegar a mais 4 bilhões de pessoas até 2030, prazo para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs.
Encontro

Ryder e Bachelet participaram na terceira reunião de parceiros para alcançar o ODS 1.3 sobre Proteção Social. O evento que aconteceu -- em Genebra reuniu mais de 100 representantes de governos, empresas, sindicatos e outros.
Ryder disse que “fechar a lacuna de proteção social está no coração do compromisso da OIT em alcançar a justiça social”. A agência estima que apenas 45% da população global atualmente tenha acesso à proteção social.
Para Bachelet, estes programas “são fundamentais para apoiar os direitos humanos e assegurar que o desenvolvimento tem um impacto duradouro”.
A alta comissária diz que o mundo "começa a aceitar que não há atalhos para o verdadeiro desenvolvimento e que o bem-estar só pode ser alcançado através do investimento em pessoas." Segundo ela, "investir nas pessoas não é apenas a coisa certa a fazer, é a coisa mais inteligente a fazer."
Programas
Os dois chefes de agência pedem que os governos promovam o diálogo para aumentar a cobertura das pensões públicas, cuidados de saúde, abonos de família, subsídios de desemprego e maternidade e outros programas.
A OIT tem convenções internacionais que estabelecem padrões mínimos para a cobertura da proteção social e um programa global dedicado a este tema. Até este momento, o programa apoiou benefícios novos ou melhorados para mais de 12 milhões de pessoas em países como Camboja, Camarões, Indonésia, Moçambique e Zâmbia.
A diretora-geral adjunta para Política da OIT, Deborah Greenfield, explicou que “estes não são programas-piloto com uma data de expiração.” Ela explicou que as iniciativas são nacionais e financiadas internamente.