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Banco Mundial: metade da população global vive com menos de US$ 5,50 por dia BR

Membros de uma família olham das janelas de sua casa na vila de Dargué, região de Maradi, no Níger.
FAO/Fida/PMA/Luis Tato
Membros de uma família olham das janelas de sua casa na vila de Dargué, região de Maradi, no Níger.

Banco Mundial: metade da população global vive com menos de US$ 5,50 por dia

Desenvolvimento econômico

No Dia Mundial para Erradicação da Pobreza, instituição também chamou a atenção para o aumento do número de pobres na África Subsaariana.*

Nesta quarta-feira, Dia Mundial para Erradicação da Pobreza, o Banco Mundial divulgou que quase metade da população global vive com menos de US$ 5,50 por dia. Isso representa 3 bilhões e 400 milhões de pessoas que lutam para satisfazer necessidades básicas.

O valor de US$ 5,50 por dia é uma das novas linhas de pobreza adotadas pelo Banco no último ano e vale para países de renda média-alta, como o Brasil. As novas linhas de pobreza levam em conta o fato de que uma parcela muito maior dos pobres do mundo vive atualmente em países mais ricos.

Brasil e América Latina

No Brasil, aliás, um quarto da população, ou 50 milhões de pessoas, vivem abaixo desse limite, que corresponde a uma renda mensal de R$ 614. Na América Latina e Caribe, a proporção é semelhante: 26%.

Na América Latina e Caribe, 26% das pessoas vivem abaixo de US$ 5,50 por dia.
PMA/Jonathan Dumont
Na América Latina e Caribe, 26% das pessoas vivem abaixo de US$ 5,50 por dia.

Apesar de ter criado diferentes linhas, o Banco Mundial ainda leva em conta a de US$ 1,90 por dia, que serve para calcular a extrema pobreza no mundo.

A porcentagem da população mundial que vive nessa situação caiu para 10% em 2015, mas o ritmo dessa redução diminuiu, como advertiu o Banco em 19 de setembro. Isso é preocupante, segundo a instituição, que tem o objetivo de erradicar a pobreza extrema até 2030.

África Subsaariana

Segundo um novo estudo publicado nesta quarta, a batalha será vencida ou perdida na África Subsaariana. Ela concentra 41% dos pobres do mundo, contra a média de 13% das demais regiões. Além disso, diferentemente do que vem ocorrendo em outras regiões, o número total subiu de 278 milhões em 1990 para 413 milhões em 2015.

Esse mesmo estudo adverte que crescimento econômico não basta para erradicar a extrema pobreza no mundo. São necessários mais investimentos e melhores políticas públicas para áreas como educação e saúde, que formam o capital humano.

*Apresentação: Mariana Ceratti