Angelina Jolie acompanha drama da família síria que aguarda resposta de refúgio
Acnur apela à oferta de abrigo aos que precisam; metade da família vivendo no Iraque sofre de desordem hereditária e tem pedidos de abrigo pendentes para entrar na Europa.
A Agência das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, chamou a atenção para a necessidade de oferecer abrigo aos que precisam na Europa, com a situação de uma família síria de cinco filhas que há cinco anos é chefiada por uma viúva.
No acampamento de Domiz, na Região do Curdistão, no Iraque, o abrigo e as escolas são melhores para as irmãs Rossie e Siham, de 12 e 11 anos. Mas foi a visita da atriz e embaixadora da Boa Vontade do Acnur, Angelina Jolie, que revelou em junho a parte dramática da família liderada por Ronia.
Doença genética
Três meninas sofrem de talassemia, uma doença genética que provoca anemias e foi a causa da morte do pai, há cinco anos.
O caso mais recente da doença acabava de ser descoberto. Três meses antes, o Acnur recomendou que a família fosse reassentada num país da Europa. Essa decisão ainda está pendente.
Sem tratamento adequado, a doença prejudica o crescimento da criança, compromete o funcionamento do fígado e deforma os ossos da face.
Quando revelou o caso a jornalistas, Angelina Jolie disse que era preciso ter uma força incrível para ajudar a família. Na altura, a atriz disse às meninas que todas eram inteligentes e precisavam de apoio. Desde então, ela acompanha a situação.
Sociedade
Ronia contou à atriz que o seu desejo é contribuir para a sociedade, e quer que ela e suas filhas fossem ajudadas.
A família deixou a Síria em janeiro de 2013, quando o conflito completava o seu segundo ano. Nessa altura, os cuidados médicos que o pai recebia já não eram suficientes porque eram caros e limitados.
Ronia recorria à mendicidade ou vendia seus vales-refeição para pagar as transfusões de sangue do marido na cidade iraquiana de Duhok. De acordo com o Acnur, mais de 671 mil refugiados sírios estão registados.