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Portugal e Brasil lideram lusófonos no Índice de Capital Humano do Banco Mundial

Banco Mundial divulgou nesta quarta-feira Índice de Capital Humano.
Unicef/UN0240353/Wilander
Banco Mundial divulgou nesta quarta-feira Índice de Capital Humano.

Portugal e Brasil lideram lusófonos no Índice de Capital Humano do Banco Mundial

Desenvolvimento econômico

Portugal está no lugar 16 em ranking liderado pela Singapura; brasileiros nascidos hoje alcançarão apenas 56% de seu potencial produtivo; Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe não fazem parte do estudo que cobre 157 países.

O Banco Mundial divulgou nesta quarta-feira o Índice de Capital Humano, um projeto que busca chamar a atenção para a necessidade de investir na saúde e educação desde a primeira infância.

O cálculo avalia indicadores como mortalidade antes dos cinco anos de vida e escolarização em 157 países.

Lusófonos

Singapura está no topo do ranking, seguida por Coreia do Sul, Japão, Hong Kong, Finlândia, Irlanda, Austrália, Suécia, Holanda e Canadá.

Entre os países de língua portuguesa, o mais bem colocado no ranking é Portugal no lugar 16. A seguir estão Brasil no 81º lugar, Timor-Leste em 118º, Angola na posição 147 e Moçambique no 148º lugar. Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe não foram avaliados no estudo.

Singapura está no topo do ranking.
Singapura está no topo do ranking, by OIT/Giorgio Taraschi

O Chile está na liderança da América Latina e em 45º lugar global. Baseado nas condições que uma criança tem ao nascer, o índice calcula como será a produtividade dela na fase adulta. A ideia é mostrar que, com educação completa e de alta qualidade, os trabalhadores podem alcançar sua capacidade produtiva plena. 

Levando esse fator em conta, conclui-se que os brasileiros nascidos hoje alcançarão apenas 56% de seu potencial produtivo. Para que esse quadro mude, o Banco Mundial defende mais investimentos nos primeiros anos de vida para quebrar o ciclo de pobreza e aumentar a produtividade no futuro.

Ganhos

O estudo que traz esses dados foi divulgado durante as reuniões anuais do Banco Mundial e do FMI e mostra que 56% das crianças nascidas hoje em todo o mundo irão perder mais da metade dos seus ganhos potenciais na vida.

O motivo é a falta de investimentos para assegurar uma população saudável, educada e resiliente, pronta para os postos de trabalho do futuro.