Escritório da ONU quer libertação incondicional de 59 colombianos na Venezuela
Grupo está preso há dois anos em Caracas em condições consideradas “terríveis”; preocupação aumenta com notícias de um doente grave transferido para enfermaria de serviços de inteligência na segunda-feira.
O Escritório dos Direitos Humanos da ONU expressou profunda preocupação com 59 cidadãos colombianos detidos há dois anos sem qualquer acusação na Venezuela.
O pedido feito esta terça-feira às autoridades venezuelanas é que cumpram a decisão tomada em novembro de 2017 por um juiz venezuelano, que determinou que o grupo deveria ser liberado incondicionalmente.
Centro de Detenção
Os detidos, recolhidos em diferentes operações de segurança no final de agosto e princípio de setembro de 2016, estão numa cela do centro de detenção La Yerguara, em Caracas.
De acordo com o escritório, vários relatos dão conta de condições terríveis no local, sem acesso suficiente à comida, à água e aos remédios.
A nota destaca que grande parte do grupo estaria doente. Um dos presos é William Estremor, que segundo seu advogado foi levado aos serviços de emergência de um hospital na segunda-feira, depois de estar gravemente doente por vários dias.
Atualização
Ele teria sido transferido para uma pequena enfermaria dos serviços de inteligência nacionais em Caracas e não há qualquer atualização sobre sua condição.
O apelo feito às autoridades venezuelanas é que garantam que este detido receba os cuidados médicos necessários e que os presos tenham acesso garantido a tratamento médico e medicamentos adequados em todo o sistema prisional do país.
O grupo foi preso numas iniciativas que ficaram conhecidas como Operações para a Libertação do Povo, OLPs. Nessas operações de segurança, o governo pretendia desativar grupos criminosos e levá-los à justiça.
Todos os 59 detidos foram acusados de ser paramilitares colombianos sem que haja prova ou acusação.