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Escritório da ONU quer libertação incondicional de 59 colombianos na Venezuela BR

O porta-voz do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU elogiou alguns países por liberarem alguns presos com condições médicas sérias, grávidas e pessoas idosas. 
Andrew Bardwell
O porta-voz do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU elogiou alguns países por liberarem alguns presos com condições médicas sérias, grávidas e pessoas idosas. 

Escritório da ONU quer libertação incondicional de 59 colombianos na Venezuela

Direitos humanos

Grupo está preso há dois anos em Caracas em condições consideradas “terríveis”; preocupação aumenta com notícias de um doente grave transferido para enfermaria de serviços de inteligência na segunda-feira.

O Escritório dos Direitos Humanos da ONU expressou profunda preocupação com 59 cidadãos colombianos detidos há dois anos sem qualquer acusação na Venezuela.

O pedido feito esta terça-feira às autoridades venezuelanas é que cumpram a decisão tomada em novembro de 2017 por um juiz venezuelano, que determinou que o grupo deveria ser liberado incondicionalmente. 

Centro de Detenção

Os detidos, recolhidos em diferentes operações de segurança no final de agosto e princípio de setembro de 2016, estão numa cela do centro de detenção La Yerguara, em Caracas.

De acordo com o escritório, vários relatos dão conta de condições terríveis no local, sem acesso suficiente à comida, à água e aos remédios.

A nota destaca que grande parte do grupo estaria doente. Um dos presos é William Estremor, que segundo seu advogado foi levado aos serviços de emergência de um hospital na segunda-feira, depois de estar gravemente doente por vários dias.

Atualização

Ele teria sido transferido para uma pequena enfermaria dos serviços de inteligência nacionais em Caracas e não há qualquer atualização sobre sua condição.

O apelo feito às autoridades venezuelanas é que garantam que este detido receba os cuidados médicos necessários e que os  presos tenham acesso garantido a tratamento médico e medicamentos adequados em todo o sistema prisional do país.

O grupo foi preso numas iniciativas que ficaram conhecidas como Operações para a Libertação do Povo, OLPs. Nessas operações de segurança, o governo pretendia desativar grupos criminosos e levá-los à justiça.

Todos os 59 detidos foram acusados de ser paramilitares colombianos sem que haja prova ou acusação.