Conselho de Segurança visita RD Congo e promete apoio
Missão de três dias termina este domingo; representante permanente da França junto à ONU e líder do missão, François Delattre, disse que eleições de 23 de dezembro são "oportunidade histórica".
O Conselho de Segurança das Nações Unidas está na República Democrática do Congo, RD Congo, para uma visita de três dias.
Os 15 Estados-membros prometeram apoiar as eleições há muito adiadas, e agora marcadas para o final de dezembro, e pediram que fossem de confiança e pacíficas.
Apoio
O representante permanente da França junto à ONU e líder do missão, François Delattre, disse que “o Conselho de Segurança deve colocar todo o seu peso no objetivo prioritário: eleições em 23 de dezembro, que sejam crediveis, transparentes e em clima calmo”.
O presidente do país, Joseph Kabila, declarou que não vai concorrer às eleições, cumprindo a Constituição da RD Congo. No sábado, a delegação do Conselho reuniu-se com Kabila.
Falando a jornalista na capital do país, Kinshasa, Delattre descreveu a reunião como “significativa e profunda”. Segundo o embaixador francês, o encontro foi “o ponto alto da missão do Conselho em Kinshasa”.
Delattre disse que "sinalizou a disposição do Conselho em acompanhar a República Democrática do Congo no caminho para a paz, estabilidade e prosperidade".
O diplomata acredita que "a eleição de 23 de dezembro marca uma oportunidade histórica”. Segundo ele, os congoleses “estão abrindo caminho para a primeira transição democrática e pacífica do país”.
Programa
Na sexta-feira, a delegação do Conselho realizou uma sessão de trabalho de duas horas com o gabinete da Comissão Nacional Eleitoral Independente, Ceni, discutindo o progresso e os desafios do processo eleitoral O Presidente da Ceni, Corneille Nangaa, agradeceu o apoio das Nações Unidas ao processo eleitoral, através da Missão da ONU no país, Monusco.
Segundo ele, a comissão tem mais de 130 especialistas internacionais da Monusco como consultores. O responsável também lembrou que o governo da RDC decidiu “não solicitar apoio financeiro e logístico de outros parceiros”.
Eleições
O Conselho de Segurança também se reuniu no sábado com a Conferência Nacional do Episcopado do Congo, Cenco, que facilitou a assinatura pelo governo e a oposição do chamado "acordo de Ano Novo" em 31 de dezembro de 2016, que permitiu a realização das eleições.
Para a Cenco, a reunião com a delegação do Conselho foi uma oportunidade para expressar “os medos, dificuldades e preocupações” relacionadas com o processo eleitoral, mas também para enfatizar que “o processo está avançando”.
O primeiro vice-secretário-geral da Cenco, André Masinganda, disse à Radio Okapi que “vem convidando atores políticos e sociais para buscar consenso em torno dos problemas que os dividem”, destacando problemas relacionados com o registo eleitoral e a máquina de votação.