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Timor-Leste vai financiar fundo do coordenador residente das Nações Unidas

Grupo de participantes na Assembleia Geral, na sede da ONU em Nova Iorque.
Foto ONU/Laura Jarriel
Grupo de participantes na Assembleia Geral, na sede da ONU em Nova Iorque.

Timor-Leste vai financiar fundo do coordenador residente das Nações Unidas

Assuntos da ONU

País lusófono quer ser exemplo na contribuição para apoiar reformas na ONU; nova iniciativa prevê total de 129 funcionários em todo o mundo; meta é  impulsionar avanço da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável nos países.

Timor-Leste anunciou esta segunda-feira que fará uma contribuição às Nações Unidas para apoiar o plano de reformas apresentado pelo secretário-geral da organização, António Guterres.

Sem revelar o valor exato, a embaixadora timorense junto à ONU, Maria Helena Pires, contou à ONU News, em Nova Iorque, que o país está interessado em apoiar a organização em diferentes áreas.

Possibilidades

“Estamos bastante empenhados não só nas reformas do pilar da paz e segurança, mas também em relação ao sistema de desenvolvimento das Nações Unidas onde Timor tem toda a honra de puder contribuir com uma quantia modesta, dentro das nossas possibilidades, mas é apenas para, uma vez mais, sublinhar a importância dessas reformas.”

Veja aqui a entrevista completa com a embaixadora:

Exclusivo: embaixadora de Timor-Leste junto às Nações Unidas, Maria Helena Pires

A doação de Timor-Leste surge na sequência do Plano do Coordenador Residente Renovado, que foi anunciado pelo secretário-geral no princípio de setembro.

O posto de coordenação será ocupado por 129 pessoas em todo o mundo. O mandato será de dinamizar avanços na Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável em cada país que representarem.

Coordenador

Para Timor-Leste, a decisão deve motivar outros países a fazer doações.

“É um contributo para o fundo do coordenador residente. Vai ser feito dentro de cinco anos. Como disse é uma quantia modesta, com a qual esperamos poder contribuir de alguma forma. Mas, mais do que isso, desejamos impulsionar os outros países a poderem fazer a sua própria contribuição.”

Ao anunciar o plano, o secretário-geral revelou que os fundos devem ser suficientes para garantir operações eficazes. Guterres disse acreditar que “um sistema de desenvolvimento das Nações Unidas reposicionado depende de um sistema de coordenador residente revigorado”.

Para o chefe da ONU, o sucesso da reforma é uma responsabilidade compartilhada pelos Estados. A ideia é que até 1º de janeiro o plano esteja em operação.

 Guterres assegurou ainda a transparência, a inclusão e a apropriação nacional dessa iniciativa como parte das atividades da organização.