No Conselho de Segurança, EUA dizem que paz na Coreia do Norte exige desnuclearização completa

Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, presidiu a encontro sobre paz na Península Coreana; Coreia do Sul e Japão foram convidados a participar na reunião.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou que se a liderança da Coreia do Norte seguir o caminho da diplomacia e acabar com o seu programa nuclear um "futuro muito mais brilhante espera" o povo do país.
Pompeo presidiu esta quinta-feira a um encontro do Conselho de Segurança sobre a situação das armas nucleares no país asiático.
O chefe da diplomacia americana disse que "a desnuclearização final e totalmente comprovada" é essencial para a paz no país.
Pompeo referiu o “amanhecer de um novo dia” na península e afirmou que o mundo precisa aproveitar essa “abertura diplomática sem precedentes para a paz”.
Segundo ele, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "partilham uma compreensão comum e pessoal do que deve acontecer" para transformar as relações entre os dois países.
O secretário de Estado também descreveu um encontro que teve com o seu homólogo coreano, na quarta-feira, como “positivo”.
Sobre a implementação das resoluções do Conselho de Segurança, que incluem sanções económicas, Pompeo disse que os Estados Unidos têm provas de que o limite às importações de petróleo foi violado e que as importações de carvão continuam.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse ao Conselho que o seu país vê com satisfação os esforços diplomáticos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.
Wang Yi disse que uma declaração de "fim da guerra" para cessar oficialmente as hostilidades entre as duas Coreias ajudaria a construir a confiança e pediu que as negociações multilaterais continuem.
Sobre as sanções, explicou que é importante avançar com o processo político. Também afirmou que o Conselho deve considerar permitir o relaxamento de algumas sanções se o país agir em conformidade com as resoluções.
Yi disse que “tendo em conta os desenvolvimentos positivos, o Conselho de Segurança precisa considerar a possibilidade de usar esta disposição para encorajar a Coreia do Norte e outros países relevantes a fazer avançar a desnuclearização”.
Os ministros das Relações Exteriores da Coreia do Sul e do Japão também participaram no encontro no órgão com os 15 Estados-membros.
A representante da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha, disse que o Conselho desempenhou "um papel crítico" na adoção de sanções que pressionaram a Coreia do Norte a negociar. Segundo ela, "nos últimos meses foi tomada uma série de ações que eram impensáveis há apenas um ano".
O ministro das Relações Exteriores do Japão, Taro Kono, afirmou que a unidade internacional é "crítica".