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Presidente do Brasil: “Isolacionismo, intolerância, unilateralismo: a estas tendências temos que responder com o que nossos povos têm de melhor” BR

Presidente do Brasil, Michel Temer, discursa na 73ª assembleia-geral da ONU
Foto: ONU/Manuel Elias
Presidente do Brasil, Michel Temer, discursa na 73ª assembleia-geral da ONU

Presidente do Brasil: “Isolacionismo, intolerância, unilateralismo: a estas tendências temos que responder com o que nossos povos têm de melhor”

Assuntos da ONU

Chefe de Estado brasileiro defende mais integração regional na América do Sul; Michel Temer garante que país vai continuar a apoiar migrantes venezuelanos; Brasil reitera compromisso para com a Agenda 2030 e Acordo de Paris.

Seguindo a tradição, o Brasil foi o primeiro país a intervir na reunião de alto nível da Assembleia Geral da ONU.

O presidente Michel Temer começou o seu discurso afirmando que o país recusa adotar uma atitude isolacionista. Temer considera que se vivem tempos de velhas intolerâncias que devem ser encaradas como desafios que não devem, nem podem, intimidar.

Integração

“Pois à primeira dessas tendências – o isolacionismo –, o Brasil responde com mais abertura, mais integração. O Brasil sabe que nosso desenvolvimento comum depende de mais fluxos internacionais de comércio e investimentos. Depende de mais contato com novas ideias e com novas tecnologias. É na abertura ao outro – e não na introspecção e no isolamento – que construiremos uma prosperidade efetivamente compartilhada. Assim tem atuado o Brasil.”

Por isso, a garantia do líder brasileiro de que o país continuará abraçando uma política externa universalista e que irá aprofundar a integração regional.

Migração

A América do Sul vive um momento migratório de grandes proporções. Estima-se em mais de um milhão os venezuelanos que já deixaram seu país em busca de condições dignas de vida. O Brasil é procurado por muitos e Temer comprometeu-se a receber todos os que chegam ao território brasileiro. São dezenas de milhares de venezuelanos que procuram o país em busca de uma vida melhor e de estabilidade.

O presidente brasileiro explicou que "com a colaboração do Alto Comissariado para Refugiados, foram construímos abrigos para ampará-los da melhor maneira. Temos promovido sua interiorização para outras regiões do Brasil. Emitimos documentos que os habilitam a trabalhar no país. Oferecemos escola para as crianças, vacinação e serviços de saúde para todos. Mas sabemos que a solução para a crise apenas virá quando a Venezuela reencontrar o caminho da democracia e do desenvolvimento.”

Unilateralismo

Temer dedicou ainda  grande parte do seu discurso ao desafio do unilateralismo, afirmando que a resposta do Brasil será sempre o multilateralismo.

O chefe de Estado brasileiro defende que as Nações Unidas, enquanto “casa do entendimento”, devem ter o seu papel reforçado. É preciso “torná-la mais legítima e eficaz” e fazer  várias reformas, nomeadamente do Conselho de Segurança.

Desenvolvimento sustentável

Temer terminou a intervenção reiterando o compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável, lembrando o trabalho que o país tem feito para adotar uma economia internacional de baixo carbono.

Segundo ele, “mais de 40% da matriz energética brasileira é limpa e renovável, uma das mais sustentáveis do mundo.”

Assista aqui ao vídeo com o discurso do Presidente do Brasil

Discurso: presidente do Brasil, Michel Temer