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Síria: nova escalada de violência provoca 30 mil deslocados em Hama e Idlib BR

Menino passa por prédios destruídos na cidade de Maarat al-Numaan, em Idlib
Unicef/UNI150195/Diffidenti
Menino passa por prédios destruídos na cidade de Maarat al-Numaan, em Idlib

Síria: nova escalada de violência provoca 30 mil deslocados em Hama e Idlib

Paz e segurança

Agências humanitárias temem o pior e destacam insegurança de civis; entidades alertam para risco de morte de milhões de civis e novos deslocamentos.

O coordenador humanitário das Nações Unidas para a Síria expressou profunda preocupação com a escalada de confrontos no noroeste do país. Dezenas de pessoas foram mortas e 30 mil ficaram deslocadas com a nova onda de violência.

Criança em escola de Idlib, na Síria, vítima de ataques.
Criança em escola de Idlib, na Síria, vítima de ataques. , by UNICEF

De acordo com Panos Moumtzis, houve um aumento de ataques aéreos e terrestres nas áreas rurais de Hama e Idlib. O conflito no país já fez 6,2 milhões de deslocados internos.

Acampamentos

Em nota, emitida em Genebra, Moumtzis disse que 47% dos deslocados haviam procurado segurança em acampamentos.

O sofrimento dos civis também foi agravado pelos ataques às instalações de saúde. Em uma semana, quatro hospitais foram atingidos.

De acordo com a nota, a escalada da violência tem um impacto dramático sobre civis. O receio dos funcionários humanitários é que suceda o pior a cerca 2,9 milhões de moradores de Idlib e áreas vizinhas.

Deslocamentos

O número inclui cerca de 1,4 milhão de deslocados internos, que na sua maioria são mulheres e crianças que procuram abrigo na região após sofrerem atos de violência em outras áreas.

Além de colocar em risco a vida dos civis, o impacto da nova escalada de confrontos em Idlib e arredores ameaça provocar mais deslocamentos. Antes dos ataques, a ONU revelou que até 800 mil pessoas poderiam ser desalojadas pela ofensiva.

Neste terça-feira, Genebra abriga uma reunião para  a busca de solução para o conflito que envolve representantes da Turquia, da Rússia e do Irã e o enviado da ONU na Síria, Staffan de Mistura.