ONU fala de “bons progressos” em regras para colocar em prática Acordo de Paris

Chefe da Unfccc quer mais diálogo entre países para que regras sejam aprovadas na Conferência sobre Mudança Climátics, COP24, na Polônia; negociações de três dias terminaram neste domingo em Bangcoc.
As Nações Unidas anunciaram neste domingo que houve “bons progressos” para definir orientações e regras para implementar o Acordo de Paris de 2015, antes da cimeira de dezembro próximo na Polônia.
A declaração foi feita a jornalistas em Bangcoc, capital da Tailândia, pela secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, Unfccc.
No fecho das negociações, Patrícia Espinosa alertou, no entanto, que “os países não se podem acomodar e devem continuar acelerando e aprofundando o diálogo”.
As diretrizes devem ser executadas pelos Estados-membros e são consideradas “um elemento importante para garantir uma ação climática transparente e prática no mundo”.
A preparação das orientações começou em 2016, o ano que se seguiu à adoção do Acordo de Paris. A expectativa é que essas regras sejam aprovadas na Conferência sobre Mudança Climática, COP24, do fim do ano na cidade de Katowice, Polônia.
Espinosa disse que é preciso um trabalho urgente nas próximas semanas para alcançar esse objetivo. Segundo a representante, é necessário aumentar de forma significativa a ação climática.
Para ela, está claro que “a implementação completa do Acordo de Paris é a melhor maneira de chegar até esse ponto de uma forma equilibrada e coordenada, para que ninguém seja deixado para trás ”.
A comunidade internacional tenta aumentar a ação para lidar com os impactos da mudança climática impulsionando o apoio financeiro aos países em desenvolvimento, além de promover a cooperação tecnológica e a capacitação.
Outra medida é limitar o aumento da temperatura global a níveis bem abaixo de 2º C e, idealmente, reduzir o nível de emissões a 1,5º C.
As preocupações nesse processo incluem manter uma comunicação regular e transparente entre os países, garantir um financiamento claro e fazer refletir as contribuições e as responsabilidades nacionais em diferentes níveis de desenvolvimento.
Para Espinosa, o Acordo de Paris estabelece um equilíbrio delicado para todos os Estados. A representante quer que sejam reconhecidas diferentes realidades e níveis de desenvolvimento econômico e social, que ditam as várias situações nacionais.