Ajuda humanitaria chega a região do Sudão do Sul isolada desde junho

Cerca de 28 mil pessoas estavam sem apoio há cerca de três meses devido a combates; comboio levou 40 funcionários humanitários de 11 agências da ONU e parceiros.
Um comboio humanitário chegou esta quinta-feira à região de Baggari, no Sudão do Sul, pela primeira vez desde junho. O acesso estava cortado devido a combates.
A falta de segurança tinha deixado cerca de 28 mil pessoas com extrema necessidade de assistência sem qualquer apoio durante três meses.
O comboio de ajuda, com 14 caminhões, foi coordenado pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA, e trouxe 40 funcionários humanitários de 11 agências da ONU e parceiros.
Os trabalhadores devem começar uma contagem na sexta-feira para determinar o número de pessoas necessitadas e sua condição. Entregas de comida são esperadas no fim de semana.
Além do PMA, participaram no comboio o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e vários parceiros.
O diretor do PMA no país, Simon Cammelbeeck, disse que “o acesso a pessoas vulneráveis continua a ser um desafio no Sudão do Sul” e que “a operação de Baggari só foi possível após longas negociações. ”
Agradecendo o apoio das autoridades estaduais e locais, Cammelbeeck renovou o apelo para que “todas as partes do conflito forneçam acesso total e desimpedido a todas as pessoas afetadas no país”.
Em nota, o PMA explica que a operação é exemplo de um programa que usa grupos móveis de emergência da agência e parceiros para alcançar pessoas em áreas remotas e isoladas. A iniciativa, com o nome Mecanismo Integrado de Resposta Rápida, existe desde 2014.
O programa é um esforço conjunto do PMA, do Fundo da ONU para a Infância, Unicef, e da FAO que tenta resolver lacunas críticas na entrega de ajuda humanitária. Primeiro, um grupo de especialistas tenta conseguir acesso a áreas restritas, depois distribuições de alimentos tentam chegar a um grande número de pessoas.