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Ex-pacientes ajudam em campanha contra ebola que chegou a 2,5 milhões na RD Congo

Crianças aprendem a lavar corretamente as mãos para evitar a propagação do covid-19.
Unicef/Mark Naftalin
Crianças aprendem a lavar corretamente as mãos para evitar a propagação do covid-19.

Ex-pacientes ajudam em campanha contra ebola que chegou a 2,5 milhões na RD Congo

Saúde

Mensagens encorajam comunidades a detectar e tratar a doença mais cedo; vírus matou pelo menos 81 pessoas desde o início do atual surto em agosto.

Cerca de 2,5 milhões de pessoas foram alcançadas por uma campanha de prevenção do vírus ebola na República Democrática do Congo, na África.

A iniciativa conta com ex-pacientes e sobreviventes do vírus. O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, está realizando a campanha, desde agosto, com parceiros na região.

Mortos

Ex-pacientes apoiam a comunicação falando de suas experiências com as comunidades. As mensagens destacam que é importante detectar e tratar a doença mais cedo. Pelo menos 81 pessoas já morreram desde o início do surto em agosto.

Sete áreas estão envolvidas nesses esforços feitos em colaboração com as comunidades do distrito de Mangina, onde o surto começou, e de Beni, no leste da RD Congo. Pelo menos 1.715 trabalhadores dessas comunidades estão envolvidos nas ações.

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O representante do Unicef na RD Congo disse que um número crescente de comunidades está agora informado sobre o ebola.

Para Gianfranco Rotigliano, a participação comunitária é essencial para impedir que a doença se espalhe.

Pessoas infectadas

As pessoas aprendem dicas como melhorar a higiene lavando as mãos, realizar funerais dignos e seguros para a saúde e também a identificar e a apoiar pessoas que possam estar infectadas.

As mensagens para as pessoas em risco chegam através de animações públicas, spots de rádio, atividades de porta em porta, reuniões em igrejas e de grupos de adolescentes em línguas como francês e as línguas faladas nas comunidades como lingala, swahili e nande.

Milhares de líderes, representantes de diferentes grupos sociais e profissionais já foram mobilizados. O Unicef identificou ainda mais de 4,5 mil pessoas que devem ser vacinadas e distribui água potável a 500 mil pessoas das áreas afetadas.

A agência também despachou especialistas em nutrição para garantir assistência aos pacientes nos Centros de Tratamento de Ebola em Mangina e Beni.

Com o início do ano escolar, a agência intensifica as campanhas de comunicação para apoiar melhorias em áreas como água, higiene, saneamento além de dar assistência psicossocial às famílias afetadas pelo vírus.