Perspectiva Global Reportagens Humanas

Cabo Verde é destaque em estudo indicando que africanos vivem mais

Países africanos continuam dedicados em programas especializados com resultados significativos.
Foto Unicef: LeMoyne
Países africanos continuam dedicados em programas especializados com resultados significativos.

Cabo Verde é destaque em estudo indicando que africanos vivem mais

Saúde

Habitantes do arquipélago vivem em média 64,2 anos; em toda a África, OMS revela queda pela metade nas mortes causadas pelas doenças mais letais desde o ano 2000; expectativa de vida aumentou três anos entre 2012 e 2015.

Cabo Verde é um dos sete países reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde, OMS, por boas iniciativas no setor que podem ser exploradas em diferentes áreas em África.

O relatório Estado de Saúde da Região Africana revela que o país tem boa demanda da comunidade por serviços essenciais e resiliência dos sistemas de saúde. Ao lado do Gabão, Cabo Verde tem maior cobertura num seguro de saúde que é obrigatório.

Expectativa de Vida

O estudo revela que em toda a África, as condições de saúde melhoraram de forma significativa. Entre 2012 e 2015, a expectativa de vida mudou de 50,9 anos para 53,8, o maior avanço em todo o mundo.

Cabo Verde destaca-se entre os lusófonos com uma média de 64,2 anos. O segundo país com maior expectativa de vida é São Tomé e Príncipe com 59 anos. Em terceiro lugar, está a Guiné-Bissau com 51,5 anos, a seguir Moçambique com 49,6 anos e Angola 45,9 anos.

Hospital Geral de Luanda, em Angola.
Hospital Geral de Luanda, em Angola. , by OMS/Dalia Lourenço

Resultados

De acordo com o relatório, Angola investe na saúde, mesmo assim está entre os 10 com menos investimentos, se comparado a outros africanos. A OMS afirma que os recursos disponíveis não se traduzem em saúde e bem-estar.

As doenças que mais matam os africanos continuam sendo complicações respiratórias, HIV e diarreias. Os países continuam dedicados em programas especializados e conseguem ter resultados significativos.

Melhoria

As mortes no continente baixaram pela metade desde o ano 2000. As taxas de mortalidade caíram de 87,7 para 51,1 mortes em cada 100 mil pessoas entre 2000 e 2015. Essa melhoria continua, segundo dados que vão sendo revelados.

A diretora da OMS para África, Matshidiso Moeti, disse que o aumento da esperança de vida por três anos e as melhorias na saúde são um motivo de orgulho. Ela disse esperar que esses ganhos continuem e que a região atinja os padrões globais.