Agências humanitárias preocupadas com nova onda de cólera no Iêmen
Ações de resposta no terreno querem travar subida de casos; surto já contaminou 1,1 milhão pessoas desde o ano passado; pelo menos 2,3 mil iemenitas morreram na maior epidemia da história do país.
Agências humanitárias receiam que ocorra uma possível “terceira onda” de cólera no Iêmen, com o aumento do número de casos suspeitos.
As autoridades notificaram mais de 1,1 milhão de pacientes que contraíram a doença e 2,3 mil mortes associadas ao surto desde abril de 2017. A atual epidemia é a maior já ocorrida no país árabe.
Pessoas vacinadas
De acordo com as Nações Unidas, vários parceiros humanitários estão realizando ações de resposta para evitar que a doença se espalhe ainda mais.

Este mês, mais de 385 mil pessoas foram vacinadas contra a doença nos distritos de Hodeida ocidental e Ibb, no sul do país. Essas áreas são consideradas de alto risco.
Outra questão que preocupa os funcionários humanitários é a dimensão dos danos causados à infraestrutura de saúde, água, saneamento e higiene por causa dos confrontos. O acesso a esses serviços é crucial para prevenir outra epidemia de cólera, destacam as Nações Unidas.
O apelo a todas as partes no conflito é que cumpram suas obrigações sob o direito internacional humanitário para proteger civis e a infraestrutura.
Assistência
O conflito no Iêmen provocou o que se considera a maior crise humanitária do mundo e maior operação de assistência.
Entre janeiro e junho, aumentou em 200 mil o número de pessoas recebendo ajuda. O primeiro semestre do ano terminou com cerca de 7,5 mil pessoas obtendo assistência humanitária.
Como parte da resposta para evitar o alastramento da cólera, aumentou a distribuição de água em 50%. Em Hodeida, mais de 90% dos deslocados receberam pacotes de assistência e as ações estão a aumentar para todo o país.