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Síria: cerca de 2 milhões podem ficar sem serviços de saúde por causa do conflito BR

As Nações Unidas continuam pedindo um acesso humanitário livre na Síria.
Unicef/ Delil Souleiman
As Nações Unidas continuam pedindo um acesso humanitário livre na Síria.

Síria: cerca de 2 milhões podem ficar sem serviços de saúde por causa do conflito

Paz e segurança

OMS quer mais fundos para apoiar vítimas em cinco províncias do noroeste; mais da metade das instalações de saúde públicas foram destruídas ou obrigadas a fechar por causa dos confrontos no país.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou que “a já terrível situação da saúde no noroeste da Síria aparentemente vai piorar”. Se não houver mais fundos, cerca de 2 milhões de pessoas podem ficar sem serviços essenciais de saúde, que incluem atendimento de emergência e tratamento contra traumas.

A agência precisa de US$ 11 milhões para fornecer cuidados de saúde essenciais a centenas de milhares de pessoas que vivem em cinco províncias do noroeste do país árabe.

Trauma

As prioridades nas províncias de Alepo, Hama, Idlib e Latakia incluem apoiar serviços primários de saúde, realizar a vacinação infantil e tratar dos casos de trauma num momento em que se agrava o conflito nessas áreas.

O diretor regional de Emergências da agência, Michel Thieren, destacou que o conflito desativou mais da metade das instalações de saúde públicas que foram foram destruídas ou obrigadas a fechar.

Os deslocados são a maioria das pessoas que precisam de ajuda. Muitos deles fogem do aumento da insegurança e violência. A situação é considerada pior em Idlib, onde mais de 500 mil deslocados estão em trânsito desde janeiro de 2017.

ONU e ação para fim do conflito na Síria

Assassinatos

A OMS indica ainda que houve um aumento dos níveis de criminalidade e de combates entre facções. Essa situação piorou o nível de insegurança, os assassinatos e os sequestros.

A agência aponta desafios ainda como abertura de acesso aos cuidados de saúde, água potável e saneamento para deslocados que vivem em abrigos improvisados já superlotados.

A falta de serviços de saúde provocada por vários anos de conflito, tornou os  residentes dessas áreas vulneráveis a doenças transmissíveis. As taxas de desnutrição aguda estão aumentando.

Com a queda das taxas de cobertura de vacinação, outro receio é que ocorram surtos de doenças tal como a poliomielite. Para a OMS, essa situação prejudica os esforços da agência da ONU para erradicar a doença em todo o mundo.