Unicef condena ataque a ônibus que pode ter matado dezenas no Iêmen incluindo crianças BR

Representante do Unicef no país disse à ONU News que “não existe nada que justifique o ataque a crianças”; a agência não tem informações sobre número exato de mortos e feridos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, condenou um ataque ocorrido nesta quinta-feira, no norte do Iêmen, que pode ter matado dezenas de pessoas incluindo crianças.
Segundo agências de notícias, um ônibus que transportava muitas crianças foi alvo de um ataque aéreo nas imediações de um mercado.
Attacks on children are absolutely unacceptable.I’m horrified by the reported airstrike on innocent children, some with UNICEF backpacks, on a school bus in #Yemen.Enough is enough.#ChildrenUnderAttack #NotATarget
unicefchief
No Twitter, a diretora-executiva do Unicef, Henrietta H. Fore, disse que está "horrorizada” com relatos sobre o ataque contra crianças inocentes num ônibus escolar, e algumas delas carregavam mochilas do Unicef. Fore disse que é hora de dar um basta.
Em entrevista à ONU News, do Iêmen, a representante do Unicef no país, Meritxell Relaño, disse que atacar crianças é o ponto mais baixo que qualquer parte num conflito pode alcançar.
Meritxel Relaño contou que ainda não é possível saber os detalhes do que aconteceu, pois a situação no local é caótica. Ela disse que, no momento, as pessoas estavam se concentrando em levar as vítimas para o hospital e tentando prestar os primeiros socorros.
De acordo com agências de notícias e a organização Cruz Vermelha, o ônibus estaria num mercado em Dahyan, no norte da província de Saada, que fica na fronteira do Iêmen com a Arábia Saudita. Ainda segundo agências de notícias, dezenas de pessoas ficaram feridas.
A chefe do Unicef no Iêmen afirmou que esta tem sido “uma cena comum no conflito, que começou em 2015. Mais de 2,5 mil crianças foram mortas. ” O Unicef pediu que as leis humanitárias internacionais sejam respeitadas e que todas as partes envolvidas no conflito preservem as crianças.
Para a agência, os ataques contra menores, civis e infraestrutura como serviços de água, saneamento e hospitais levarão o Iêmen ainda mais para o abismo, para uma catástrofe humanitária, e que isso precisa acabar.
O Iêmen atravessa a pior crise humanitária do mundo. A ONU estima, que 22 milhões de iemenitas precisam de assistência após anos do conflito entre o governo e as forças da coalizão, lideradas pela Arábia Saudita. O grupo combate os rebeldes houthis pelo controle do Iêmen.