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Mais de 87% de habitantes já retornaram aos lares após libertação de Mossul

Mulheres e crianças andam em meio à destruição em Mossul, no Iraque
UNICEF/Romenzi
Mulheres e crianças andam em meio à destruição em Mossul, no Iraque

Mais de 87% de habitantes já retornaram aos lares após libertação de Mossul

Paz e segurança

Entre meados de 2014 e julho de 2017 mais de1 milhão de pessoas teria deixado a área iraquiana; um ano após recuperação da cidade ONU precisa de mais de US$ 260,5 milhões para responder necessidades dos residentes.

Mais de 2 milhões de pessoas continuam desalojadas, um ano após a ofensiva militar que recuperou a cidade iraquiana de Mossul do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil. A data foi marcada no sábado.

A ONU anunciou que os que tiveram de regressar à cidade enfrentam vários desafios. Para a  coordenadora humanitária para o Iraque, Marta Ruedas, houve “muitas conquistas humanitárias” e “uma infinidade de desafios” no período.

Sofrimento

Segundo estimativas da ONU, apenas na cidade de Mossul, uma das mais afetadas, 40 mil casas foram destruídas.

Em nota, Ruedas conta que quase 870 mil pessoas já retornaram a Mossul. De junho de 2014 a julho de 2017, estima-se que 1 milhão de pessoas tenham deixado a área “marcada por uma catástrofe humanitária, pelo sofrimento humano e pela destruição física”.

Nas avaliações realizadas pela ONU e pelos parceiros humanitários foram constatados danos a hospitais, pontes, escolas, centrais de tratamento de água e de produção de energia.

Além disso, essas instalações tiveram quantidades sem precedentes de explosivos, que incluem dispositivos improvisados.

As principais realizações humanitárias incluem seis campos para deslocados instalados na província de Ninewa e na região do Curdistão pela Agência da ONU para Refugiados, Acnur.

Reintegração

Vários centros comunitários foram construídos para facilitar a reintegração das pessoas retornada pela Organização Internacional para as Migrações, OIM.

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Crianças em Mossul, no Iraque. Foto: Unicef/UN073069/Romenzi, by dsu-admin

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, ajudou a reabilitar um terço das 638 escolas que agora acolhem mais de meio milhão de crianças.

Já o Programa Mundial de Alimentos, PMA, oferece refeições de emergência a 87 mil crianças em idade escolar em 145 escolas.

Mas as Nações Unidas destacam que ainda é preciso um montante de US$ 260,5 milhões para abordar as necessidades dos iraquianos que vivem na quarta maior cidade do país.

Apresentação: Eleutério Guevane.