RD Congo deve anunciar o fim oficial do nono surto de ebola em uma semana
Em 24 de julho completam-se 42 dias sem nenhum novo caso; OMS destaca que não vai “baixar a guarda” e segue com vigilância; epidemia teve 53 pacientes desde abril.
As autoridades da República Democrática do Congo, RD Congo, podem decretar o fim da nona epidemia do ebola em 25 de julho, de acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde, OMS.
A contagem regressiva para o fim do surto começou a 12 de junho, quando o último paciente foi dispensado de cuidados após ter feito o segundo teste negativo para o vírus.
Incubação
Em 24 de julho, completam-se 42 dias sem nenhum caso da doença. O período corresponde ao dobro do tempo de incubação do vírus.
Segundo a OMS, se não houver casos identificados, a data marcará o fim do surto que registrou 53 casos desde 4 de abril. Até 30 de junho, pelo menos 3.330 pessoas foram vacinadas pela OMS e pela Organização Médicos Sem Fronteiras.
A nota revela ainda que foram identificadas e registradas 1.706 pessoas que tiveram contato com pacientes diagnosticados com ebola.
Em junho, o Ministério da Saúde da RD Congo avaliou o combate ao surto e definiu um plano pós-ebola com parceiros. Em debate esteve o fim da resposta, a vigilância e as boas práticas para a maior resiliência do sistema de saúde.
“Não Baixar a Guarda”
Na nota, a OMS disse que não vai “baixar a guarda” e que continuam ações de vigilância e todos os alertas são investigados.
O sucesso do surto a métodos tradicionais, como investigação de caso, rastreamento de contato e atendimento a doentes e a novas ferramentas que incluem vacinação de pessoas que estavam em risco de infeção pelo vírus.
Equipes da OMS investigaram desde o primeiro alerta, desenvolveram e criaram o plano de resposta. As operações envolveram a busca de fundos para a resposta, trabalho para permitir a chegada e o uso de vacinas e outras formas de apoio.
Ameaça
A agência avalia a resposta como “excepcionalmente grande e robusta” e diz que procura garantir que “o mundo está melhor preparado, não apenas para o ebola, mas também para muitos agentes patogênicos de grande ameaça”.
A OMS destaca que poucas horas após a confirmação dos primeiros casos colocou mais de US$ 2 milhões do Fundo de Contingência para Emergências e enviou em pouco tempo enviou mais de 250 pessoas no terreno.
Entre eles estavam especialistas em área como epidemiologia, logística, clínica, gestao de dados, antropologia, planeamento que atuaram junto aos funcionários do governo da RD Congo.
Apresentação: Monica Grayley.