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Chefe da FAO realça paz como “força poderosa” para acabar com a fome

José Graziano da Silva em visita a jovens na Nigéria.
Foto Unicef: Gilbertson VII Photo
José Graziano da Silva em visita a jovens na Nigéria.

Chefe da FAO realça paz como “força poderosa” para acabar com a fome

Ajuda humanitária

Diretor-geral da agência defende que sistemas alimentares mais fortes contribuem para estabilidade; quase metade da população de países afetados pela violência vive em áreas rurais.

A capital francesa, Paris, acolheu esta quinta-feira um fórum sobre agricultura, defesa, diplomacia e desenvolvimento.

O evento foi apoiado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, pela França e pelo Club Déméter, uma entidade agroalimentar que apoia soluções para a área.

Desenvolvimento

No evento, o diretor-geral da FAO pediu que seja alimentada a esperança dos produtores e criadas parcerias mais fortes pela paz envolvendo trabalhadores humanitários e de áreas de desenvolvimento.

Para José Graziano da Silva, a ação humanitária é essencial, mas não chega, por ser incapaz de travar a tendência de piora de crises alimentares. Ele defendeu que faltam “ações de desenvolvimento sustentável para gerar novas oportunidades.”

Ex-diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva.
Foto FAO: Giulio Napolitano
Ex-diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva.

O representante deu vários exemplos, incluindo uma recente visita ao estado nigeriano de Maiduguri. Na área do nordeste, ele disse que a menos que os jovens tenham apoio de subsistência, “não terão outra opção senão unir-se a grupos armados ou tentar migrar em busca de uma vida melhor”.

Subsistência

O chefe da FAO defendeu que, por essa razão, o apoio aos sistemas alimentares locais desempenha um papel crucial na contribuição para a paz.

Graziano da Silva lembrou os mais de 40 anos de experiência da FAO apoiando a busca de meios de subsistência essenciais para agricultores, pastores de gado e pescadores, incluindo em áreas de conflito.

Segundo a FAO, quase metade da população dos países afetados pela violência vive em áreas rurais, onde os meios de subsistência dependem em grande parte da agricultura.

De acordo com a agência, a fome está em alta e os conflitos estão entre os principais fatores que contribuem para essa situação.

Apresentação: Eleutério Guevane.