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Para Guterres, compaixão e generosidade do Bangladesh salvaram milhares de rohingyas

Secretário-geral António Guterres e o presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim, falam com crianças em uma exposição em Daca.
ONU/ K M Asad
Secretário-geral António Guterres e o presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim, falam com crianças em uma exposição em Daca.

Para Guterres, compaixão e generosidade do Bangladesh salvaram milhares de rohingyas

Migrantes e refugiados

Secretário-geral considera crise dos refugiados do Mianmar “um pesadelo humanitário e de direitos humanos”; chefe da ONU passa esta segunda-feira no distrito bengali de Cox's Bazar.

A compaixão e a generosidade do povo de Bangladesh mostram o melhor da humanidade e salvaram milhares de vidas, segundo o secretário-geral, António Guterres.

As declarações do chefe da ONU foram feitas pouco depois de chegar à capital do país, Daca, nas primeiras horas deste domingo. Na segunda-feira, Guterres segue em missão de solidariedade aos refugiados rohingya que fugiram do Mianmar e foram acolhidos no distrito bengali de Cox's Bazar. 

Comunidade

Guterres deve estar em contacto com comunidades anfitriãs acompanhado pelo presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. Ambos se encontraram com a primeira-ministra bengali, Sheikh Hasina, em comitiva que incluía o alto comissário para Refugiados, Filippo Grandi, e a diretora executiva do Fundo de População da ONU, Unfpa, Natalia Kanem.

 Guteres e Yim  expressaram solidariedade aos refugiados rohingya e às comunidades anfitriãs e  garantiram à chefe do governo bengali  “uma colaboração mais próxima entre as duas instituições, sob a liderança do seu governo, para enfrentar a complexa crise de Rohingya”.
 
A delegação da ONU juntou-se a funcionários do Governo de Bangladesh e grupos da sociedade civil para um debate sobre a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável no país asiático.

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O secretário-geral destacou ainda que a minoria do Mianmar “é uma das comunidades mais discriminadas e vulneráveis da Terra”. 

Generosidade

Para ele, a crise dos refugiados de rohingya é um pesadelo humanitário e de direitos humanos. Na sua deslocação servirá para agradecer o Bangladesh pela generosidade em acolher os refugiados. 

A visita ocorre cerca de três meses após o lançamento do plano de US$ 951 milhões para atender às necessidades atuais e crescentes dos cerca de 905 mil refugiados rohingya. O Plano de Resposta Conjunta foi financiado em 18% até o momento.  

Apresentação: Eleutério Guevane.