Em Bangladesh, Guterres quer acompanhar de perto a situação de refugiados rohinya
Migrantes e refugiados
Secretário-geral é acompanhado ao país asiático pelo presidente do Banco Mundial e outros funcionários da ONU; visita deve analisar situação dos refugiados rohingyas recém-chegados em Bangladesh e progresso para o seu retorno seguro a Mianmar.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou à capital de Bangladesh, Daca, onde foi recebido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros Abul Hassan Mahmood Ali.
O destaque da visita é acompanhar a situação de cerca de 900 mil refugiados rohingya que fugiram de Mianmar. Na segunda-feira, o chefe da ONU fará uma visita humanitária ao distrito bengali de Cox's Bazar onde está abrigada a maioria dos recém-chegados.
Guterres chegou a Daca e disse que refugiados rohingya enfrentam um sofrimento dramático em Mianmar e circunstâncias difíceis em Bangladesh (em inglês).
Guterres inicia visita humanitária a Bangladesh
Necessidade
Em nota emitida em Nova Iorque, o porta-voz do chefe da ONU revela que será elogiada a “generosidade” do país em acolher refugiados, bem como a necessidade de mais ação da comunidade internacional em prol dos desabrigados.
Na comitiva do chefe da ONU está o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. Ambos devem manter encontros com a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, e outros altos funcionários locais na capital, Daca.
Acompanhe o vídeo sobre o apoio internacional à crise de refugiados rohingya (em inglês).
Rohingya in Bangladesh: the world’s fastest-growing refugee crisis
Na segunda-feira, o secretário deve se encontrar com comunidades de refugiados rohingya, funcionários humanitários e doadores no distrito de Cox's Bazar e reiterar o pedido de apoio aos refugiados.
Retorno
Guterres chegou a Bangladesh com altos funcionários da ONU como o alto comissário para os Refugiados, Filippo Grandi, e a diretora executiva do Fundo de População da ONU, Unfpa, Natalia Kanem.
As Nações Unidas querem analisar a situação dos rohingyas recém-chegados em Bangladesh e o "progresso para o retorno seguro, voluntário e digno dos refugiados, de acordo com os padrões internacionais".
Estima-se que 905 mil refugiados rohingya estavam abrigados em Cox's Bazar até o final de maio. Desde agosto passado, a violência contra a minoria muçulmana de Mianmar levou centenas de milhares de pessoas a fugir de suas casas no estado de Rakhine.
Deslocamentos
Muitos atravessaram a fronteira do país para Bangladesh, onde já viviam mais de 200 mil refugiados rohingya por causa de deslocamentos anteriores.
Na quinta-feira, o Banco Mundial concedeu cerca de US$ 500 mil em subsídios para que autoridades bengalis possam atender às necessidades dos refugiados rohingya. As prioridades são áreas como saúde, educação, água e saneamento, gestão de risco de desastres e proteção social.
Apresentação: Eleutério Guevane.