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Guterres afirma que número de guerras triplicou na última década BR

António Guterres com a ministra dos Negócios Estrangeiros norueguesa, Ine Eriksen Soereide.
Ilja C. Hendel
António Guterres com a ministra dos Negócios Estrangeiros norueguesa, Ine Eriksen Soereide.

Guterres afirma que número de guerras triplicou na última década

Assuntos da ONU

Secretário-geral está na Noruega para participar do Fórum de Oslo; segundo António Guterres, o mundo atual está “perigoso”, sendo que o total de países com conflitos violentos é o maior em 30 anos.

O secretário-geral das Nações Unidas está na Noruega para participar do Fórum de Oslo. António Guterres  destacou que o mundo atual está “perigoso, com uma multiplicação de novos conflitos, conflitos antigos que parecem não morrer nunca, e conflitos cada vez mais ligados à nova ameaça global do terrorismo”.

O chefe da ONU lembrou que o terrorismo sempre existiu, mas essa  forma global de terrorismo é nova, podendo acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento.

Deterioração

Guterres afirmou que o número de países com “conflitos violentos é o mais alto dos últimos 30 anos”. E segundo ele, se for comparado à quantidade de situações violentas que podem ser classificadas de guerras, devido ao total de mortos e feridos, esse número triplicou desde 2007.

O fórum termina na quarta-feira, 19 de junho.
O fórum termina na quarta-feira, 19 de junho. , by Ilja C. Hendel

Já os conflitos de baixa intensidade aumentaram 60% desde 2007. Ao mesmo tempo, se o ano de 2005 for tomado como referência (quando houve a taxa mais baixa de mortos em batalha), o número é 10 vezes maior, o que “mostra que a situação no mundo está piorando”, segundo o secretário-geral.

Mediação

Por isso Guterres lembra que a prevenção é mais necessária do que nunca e quanto mais difícil for a resolução de conflitos, mais importante será a prevenção. Para isso, mediação é fundamental.

Durante o Fórum de Oslo, a cidade será a “capital da mediação”, o que significa, segundo o secretário-geral, “a capital mundial da paz”. Ele terminou elogiando a Noruega por sempre ter tido fortes compromissos com a ONU e com a mediação de conflitos no mundo.