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Conflito na Líbia piora situação de moradores; falta de oxigênio em hospital mata três mulheres

Vivem 125 mil pessoas em Derna.
Unicef/Giovanni Diffidenti
Vivem 125 mil pessoas em Derna.

Conflito na Líbia piora situação de moradores; falta de oxigênio em hospital mata três mulheres

Paz e segurança

Único hospital da cidade de Derna, no leste do país, está fechado desde 5 de junho; Escritório de Direitos Humanos da ONU diz que falta de comida, água e medicamentos piora a situação.

O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas está profundamente alarmado com o aumento dos riscos para a população na cidade de Derna, no leste da Líbia.   

A porta-voz do Escritório, Elizabeth Throssell, disse esta sexta-feira que os confrontos se intensificaram nos últimos dias e que o grupo rebelde Exército Nacional Líbio assumiu controle sobre distritos populosos.

Situação humanitária

Segundo Throssell, existem cada vez mais alegações de civis que são detidos de forma arbitrária e outros que são proibidos de deixar a cidade.

A situação humanitária em Derna, onde vivem cerca de 125 mil pessoas, também piora com a falta de comida, água e medicamentos.

O único hospital da cidade está fechado desde 5 de junho. O Escritório da ONU informou que mulheres morreram por falta de oxigênio.

Combates

O Escritório diz estar preocupado com os moradores e combatentes que se renderam e entregaram as suas armas ou estão feridos e doentes.

Segundo a porta voz, essa preocupação é ainda maior devido às violações sérias de direitos humanos que ocorreram durante os combates na região leste do Crescente de Petróleo e na cidade de Benghazi no ano passado.

O Escritório pede a todos as partes do conflito, incluindo o Exército Nacional Líbio e as Forças de Proteção de Derna, que façam o possível para proteger os moradores.

Acesso

A agência da ONU está a pedir acesso sem restrições para chegar à cidade.

Também pede que todas as partes assegurem que os civis e combatentes recebam tratamento e que se permita uma saída segura de todas as pessoas que queiram deixar a cidade.

O Escritório lembra que todos os dirigentes devem garantir que as suas forças cumpram as obrigações da lei internacional.

 

Apresentação: Alexandre Soares