Conselho de Segurança aprova resolução sobre papel dos jovens na paz e segurança
Secretário-geral deve submeter relatório sobre implementação do documento até maio de 2020; Conselho também se pronunciou sobre situação na Líbia e na Ucrânia.
O Conselho de Segurança aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, a resolução 2419, que reconhece o papel dos jovens na promoção da paz e segurança em todo o mundo.
Segundo o texto, “todos os atores relevantes devem considerar formas de aumentar a representação inclusiva da juventude para a prevenção e resolução de conflitos”. Os Estados-membros definem jovens como pessoas entre18 e 29 anos.
Passo em frente
A resolução diz que todos os responsáveis “devem ter em conta a participação significativa e os pontos de vista da juventude, reconhecendo que a sua marginalização é um detrimento à construção de uma paz sustentável e à luta contra o extremismo violento”.
Numa mensagem no Twitter, a enviada da ONU para a Juventude, Jayathma Wickramanayake, disse que esta aprovação representa um avanço para o objetivo de envolver os jovens na construção e manutenção da paz.
Extremismo
O documento expressa preocupação com o aumento do uso das novas tecnologias, por parte de terroristas e simpatizantes, para recrutar jovens e financiar e preparar as suas atividades.
Também reconhece o papel da juventude para promover uma cultura de paz, pede aos Estados-membros que protejam instituições de educação de todas as formas de violência e destaca a importância de criar políticas para os jovens.
O secretário-geral deve submeter um relatório sobre a implementação da resolução até maio de 2020.
Líbia e Ucrânia
Também esta quarta-feira, o Conselho de Segurança se pronunciou sobre a violência na Ucrânia.
Em nota lida pelo embaixador da Rússia junto da ONU, Vassily Nebenzia, os 15 Estados-membros condenam “violações contínuas do regime de cessar-fogo, especialmente o uso de armas pesadas proibidas pelos Acordos de Minsk, responsáveis por mortes trágicas, incluindo de civis”.
O Conselho aprovou ainda uma declaração presidencial sobre as eleições na Líbia, que estão marcadas para 10 de dezembro de 2018.
A declaração pede que “todas as partes trabalhem com espirito de compromisso no processo político” e sublinha a importância da ONU na facilitação de uma solução política liderada pela Líbia.
Apresentação: Alexandre Soares.