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Conselho de Segurança aprova resolução sobre papel dos jovens na paz e segurança

Sala do Conselho de Segurança, Nova Iorque
Foto: ONU/Loey Felipe
Sala do Conselho de Segurança, Nova Iorque

Conselho de Segurança aprova resolução sobre papel dos jovens na paz e segurança

Paz e segurança

Secretário-geral deve submeter relatório sobre implementação do documento até maio de 2020; Conselho também se pronunciou sobre situação na Líbia e na Ucrânia.

O Conselho de Segurança aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, a resolução 2419, que reconhece o papel dos jovens na promoção da paz e segurança em todo o mundo.

Segundo o texto, “todos os atores relevantes devem considerar formas de aumentar a representação inclusiva da juventude para a prevenção e resolução de conflitos”. Os Estados-membros definem jovens como pessoas entre18 e  29 anos.

Passo em frente

A resolução diz que todos os responsáveis “devem ter em conta a participação significativa e os pontos de vista da juventude, reconhecendo que a sua marginalização é um detrimento à construção de uma paz sustentável e à luta contra o extremismo violento”.

Numa mensagem no Twitter, a enviada da ONU para a Juventude, Jayathma Wickramanayake, disse que esta aprovação representa um avanço para o objetivo de envolver os jovens na construção e manutenção da paz.

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Extremismo

O documento expressa preocupação com o aumento do uso das novas tecnologias, por parte de terroristas e simpatizantes, para recrutar jovens e financiar e preparar as suas atividades.

Também reconhece o papel da juventude para promover uma cultura de paz, pede aos Estados-membros que protejam instituições de educação de todas as formas de violência e destaca a importância de criar políticas para os jovens.

O secretário-geral deve submeter um relatório sobre a implementação da resolução até maio de 2020.

Líbia e Ucrânia

Também esta quarta-feira, o Conselho de Segurança se pronunciou sobre a violência na Ucrânia.

Em nota lida pelo embaixador da Rússia junto da ONU, Vassily Nebenzia, os 15 Estados-membros condenam “violações contínuas do regime de cessar-fogo, especialmente o uso de armas pesadas proibidas pelos Acordos de Minsk, responsáveis por mortes trágicas, incluindo de civis”.

O Conselho aprovou ainda uma declaração presidencial sobre as eleições na Líbia, que estão marcadas para 10 de dezembro de 2018.

A declaração pede que “todas as partes trabalhem com espirito de compromisso no processo político” e sublinha a importância da ONU na facilitação de uma solução política liderada pela Líbia.

Apresentação: Alexandre Soares.