ONU elege ministra equatoriana para nova presidente da Assembleia Geral
Chefe da pasta de Relações Exteriores, María Fernanda Espinosa Garces, recebeu 128 dos 190 votos válidos; houve duas abstenções; candidata de Honduras, a embaixadora Mary Elizabeth Flores Flake ficou em segundo lugar com 62 votos.
A Assembleia Geral da ONU elegeu, nesta terça-feira, a quarta mulher a presidir o órgão desde a criação da organização.
A vencedora é a ministra das Relações Exteriores do Equador, María Fernanda Espinosa Garces.
Honduras
Ela recebeu 128 dos 190 votos válidos da casa; a outra candidata, a embaixadora de Honduras, ficou em segundo lugar. Mary Elizabeth Flores Flake obteve 62 votos. Dois países se abstiveram da votação.
O anúncio foi feito pelo presidente atual da Assembleia Geral, Miroslav Lajcak.
Em seu discurso, ele ressaltou que a ministra era a quarta mulher a assumir o posto desde a criação da ONU. A última presidente da Assembleia serviu em 2006. Para Lajcak, a vitória de uma mulher, depois de tantos anos, não era motivo de orgulho, mas um sinal de que a ONU estava no caminho certo com relação à promoção da paridade de gênero.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também parabenizou a presidente eleita e elogiou a campanha da embaixadora de Honduras, que ficou em segundo lugar.
Poeta
Ao assumir a palavra, a presidente eleita dedicou sua vitória a todas as mulheres e disse que irá trabalhar com afinco. Ela se descreveu como política e como poeta e disse que está pronta para tratar dos temas relevantes para as Nações Unidas.
A próxima presidente da Assembleia Geral assumirá o posto em setembro.
María Fernanda Espinosa Garcés tem mais de 20 anos de experiência no cenário internacional.
Segundo o perfil dela no site do governo equatoriano, esta já é a segunda vez que ela assume a chefia da diplomacia do país.
Operações de paz
María Fernanda foi também a primeira mulher a comandar a Missão do Equador junto à ONU, o que aconteceu em 2008 quando participou ativamente da Agenda de Desenvolvimento.
Antes de ocupar a pasta das Relações Exteriores, ela foi ministra da Defesa do Equador e promovendo o apoio do Equador às operações de paz da ONU.
Durante sua carreira, a nova presidente eleita da Assembleia Geral participou em vários temas de direitos humanos, sobre paridade de gênero, meio ambiente, comercio e outros assuntos.