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OIM diz que dará seguimento a somalis, após maior repatriação voluntária da Líbia BR

Migrantes em centro de detenção na Libia.
Foto: IOM
Migrantes em centro de detenção na Libia.

OIM diz que dará seguimento a somalis, após maior repatriação voluntária da Líbia

Migrantes e refugiados

Mais de 150 pessoas retornadas devem continuar com apoio da agência da ONU; cerca de 1 milhão de cidadãos da Somália vivem ilegalmente em território líbio; operação de regresso é apoiada pela União Europeia.

A Organização Internacional para as Migrações, OIM, anunciou o sucesso da maior repatriação de somalis que estavam na Líbia. A operação envolveu 150 migrantes que viviam em centros de detenção dirigidos pelo governo.

A agência da ONU revelou na quarta-feira que monitorou mais de 660 mil cidadãos da Somália em território líbio. Estima-se que o número real esteja perto de 1 milhão.

Riscos 

De acordo com a OIM, os migrantes estão expostos a riscos que incluem contrabando, tráfico, sequestro, abuso, detenção e tortura.

Um dos repatriados foi Mohamed, de 23 anos, que disse ter perdido “tudo, incluindo tempo, saúde e dinheiro”.

Quando ele deixou a Somália, o sonho era de descobrir um futuro melhor. Agora, essa aspiração continua no retorno ao seu país, onde quer “começar do zero, longe da migração ilegal”.

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Apoio Psicossocial

Já em território somali, o Governo Federal e a OIM acolheram os regressados num posto de controlo em Mogadíscio, capital do país. A agência da ONU fará um rastreio completo dos retornados, além de oferecer sessões de apoio psicossocial.

O grupo de recém-chegados também receberá assistência para a reintegração como parte do apoio ao retorno humanitário voluntário de migrantes da Líbia. A iniciativa apoiada pela União Europeia cobre 26 países africanos.

Apresentação: Daniela Gross.