No Mali, Guterres expressa solidariedade sem reservas à força que combate terrorismo

Secretário-geral disse ter proposto formas para assegurar fundos para ação futura da Força do G-5 Sahel; mecanismo foi implantado há cerca de um ano e junta Burquina Faso, Chade, Mauritânia e Níger no combate ao terrorismo com o apoio da ONU e da União Africana.
O secretário-geral declarou esta quarta-feira solidariedade sem reservas com a Força do G-5 Sahel. António Guterres falava em Sévaré, no Mali, durante uma visita a uma instalação da operação regional dentro do Mali.
No acampamento, situado na vila maliana de Mopti, António Guterres saudou o que chamou de “sucesso notável” desta operação conjunta em prol do bem-estar da população dos cinco países e “pela proteção e segurança regionais e da comunidade internacional”.
A força foi implantada há cerca de um ano e junta Burquina Faso, Chade, Mauritânia e Níger no combate ao terrorismo com o apoio da ONU e da União Africana.
Guterres saudou a determinação do pessoal que integra a Força do G-5 Sahel por edificar o projeto e proteger a população civil da região enquanto, ao mesmo tempo, garante a segurança de todas as organizações internacionais.
Após destacar a ameaça do terrorismo e do crime organizado que prolifera naquela parte do mundo, Guterres disse querer maior apoio para um mandato mais forte, em particular em relação ao recurso ao Capítulo 7 da Carta da ONU.
Esse tópico prevê “medidas de coerção” em caso de ser aplicada força contra a paz.
O secretário-geral disse que foi feita uma proposta para assegurar financiamento para a ação futura da força regional.
Guterres afirmou que não foram alcançados todos os objetivos para apoiar melhor a Força do G-5 Sahel, mas será feito o melhor para esse fim. Ele observou ainda que a Missão da ONU no Mali, Minusma, fornecerá todos os serviços que puder à operação regional na medida de suas capacidades.
Guterres prometeu fazer um forte apelo à comunidade internacional para que a força regional tenha recursos financeiros e materiais necessários para a sua eficácia.
O pedido feito de imediato foi de “um grande investimento no desenvolvimento da região do Sahel”, porque segundo o secretário-geral “não há paz sem segurança e não há desenvolvimento sem paz. ”
De volta à capital maliana, Bamako, Guterres participou num encontro com as partes que assinaram o acordo de paz.
Antes de deixar o país, Guterres saudou o facto de os assinantes terem falando nu encontro a uma só voz, a voz do primeiro-ministro.
Para o secretário-geral, a visita permitiu sair do Mali com o coração mais cheio e que acreditava que era necessário pedir mas apoio da comunidade internacional.
Apresentação: Alexandre Soares.