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Cerca de 45% de iemenitas podem correr risco de morrer de fome até o fim do ano BR

Nações Unidas considera situação no Iêmen “a pior crise humanitária do mundo”.
Ocha/Giles Clarke
Nações Unidas considera situação no Iêmen “a pior crise humanitária do mundo”.

Cerca de 45% de iemenitas podem correr risco de morrer de fome até o fim do ano

Paz e segurança

Nações Unidas alertam para aumento em quase um quinto sem mudança no cenário atual; razões de apreensão incluem escalada do conflito, restrições à ação humanitária e redução nas importações.

O subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, manifestou-se preocupado com uma série de eventos que nas últimas semanas agravam a situação humanitária no Iêmen.

Segundo o chefe humanitário, se as condições não melhorarem o número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar grave e o risco de morrer de fome pode ultrapassar os 10 milhões até o fim do ano. O número está cerca de 20% acima dos níveis atuais.

A pior crise humanitária do mundo 22 milhões precisam de ajuda no Iêmen

Importações

O Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, revelou que nas últimas semanas houve uma escalada do conflito, de restrições à ação humanitária e uma redução nas importações de produtos essenciais.

Esses fatores agravam a que já é chamada “a pior crise humanitária do mundo” com milhões de iemenitas enfrentando insegurança alimentar aguda e um possível ressurgimento de doenças como cólera e diarreia.

Situação humanitária no Iêmen preocupa subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Mark Lowcock.
Foto: ONU/Violaine Martin
Situação humanitária no Iêmen preocupa subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Mark Lowcock.

Medidas

Lowcock pediu ação do governo para impulsionar as importações comerciais de alimentos, combustível e suprimentos humanitários em todos os portos do Iêmen. As medidas devem ser apoiadas pela aliança de países apoiada pela Arábia Saudita, destaca o chefe humanitário.

Outro apelo às autoridades iemenitas é que tomem medidas para garantir que todos os funcionários públicos recebam salários onde quer que estejam no território nacional.

O subsecretário-geral quer o envolvimento de todas as partes no diálogo “de forma expressiva” com as Nações Unidas, sem condições prévias, para que seja alcançada uma solução duradoura e negociada para a paz sustentável.

Apresentação: Daniela Gross.