Cerca de 200 mil refugiados rohingya em risco devido a cheias

Primeira semana da estação de monções afetou 7 mil pessoas; são precisos mais terrenos no continente para acolher refugiados.
A primeira semana da época das chuvas em Bangladesh, entre 7 e 14 de maio, afetou 7 mil refugiados rohingya.
Numa época normal de chuvas, acumularam-se 2,5 metros de água em Cox’s Bazar, onde ficam os maiores campos de refugiados de Mianmar, causando grandes enchentes. A informação é do porta-voz do secretário-geral da ONU.
Segundo Stephane Dujarric, as cheias e deslizamentos colocam em risco 883 instalações comunitárias e entre 150 e 200 mil refugiados. Destas pessoas, 25 mil estão em risco crítico.
O porta-voz disse que “as agências da ONU aumentaram as atividades de preparação para mitigar os efeitos das chuvas nos refugiados.”
Stephane Dujarric afirmou que a ONU “reconhece que o Bangladesh tem lidado com a época das chuvas todos os anos, e desenvolveu alguma experiência nessas matérias.”
Apesar disso, o porta-voz notou que “a situação atual nos campos de refugiados é única em alcance e volume, e a comunidade internacional de ajuda humanitária está a trabalhar para apoiar e proteger as comunidades de refugiados em maior risco.”
Dujarric explicou ainda que “a falta de espaço suficiente para os refugiados em risco e a falta de abrigos seguros limita as possibilidades de mitigação de riscos.”
Segundo ele, “mais terrenos planos no continente para realojar os refugiados seriam bem-vindos.”
Apresentação: Alexandre Soares