Vice-secretária-geral pede “ação mais focada e estratégica” para alcançar Agenda 2030

Reunião de alto nível do Fórum de Cooperação para o Desenvolvimento acontece em Nova Iorque; no primeiro dia, foram apresentadas conclusões de relatório do secretário-geral sobre tendências e progressos nesta área.
A vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, disse esta segunda-feira que “para concretizar a ambição transformadora da Agenda 2030, é preciso uma ação mais focada e estratégica de todos.”
A vice-chefe da ONU discursou na 6ª reunião de alto nível do Fórum de Cooperação para o Desenvolvimento, em Nova Iorque, que acontece a cada dois anos. O evento termina na terça-feira.
Mohammed começou o seu discurso dizendo que “todos concordam que a cooperação para o desenvolvimento é central” para cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e que este fórum deve servir “para tornar promessas em ação.”
A responsável afirmou que “ainda há um longo caminho para construir sociedades sustentáveis e resilientes que não deixam ninguém para trás.”
Amina citou uma série de estatísticas, lembrando que 767 milhões de pessoas ainda vivem com menos de US$ 1,90 por dia e que cerca de 5,9 milhões de crianças com menos de cinco anos morrem todos os anos.
A vice-chefe da ONU adiantou que é por isso que a organização “embarcou numa reorganização do seu Sistema de Desenvolvimento, para promover a coerência, eficiência e responsabilização dos resultados ao nível de cada país.”
Na mesma sessão, a presidente do Conselho Econômico e Social da ONU, Ecosoc, Marie Chatardova, disse que “apesar de existirem muitos pontos positivos, conquistas de desenvolvimento conseguidas com esforço estão a ser ameaçadas por desafios reais.”
Chatardova mencionou vários destes desafios, destacando a desigualdade, migração, mudanças climáticas, aumento do extremismo violento, populismo e a diminuição do espaço cívico.
O secretário-geral adjunto para os Assuntos Económicos e Sociais, Liu Zhenmin, também falou no primeiro dia do encontro.
Zhenmin apresentou as conclusões de um relatório do secretário-geral com o título “Tendências e Progresso na Cooperação Internacional para o Desenvolvimento.”
Segundo ele, “a cooperação para o desenvolvimento deve manter-se focada em alcançar a Agenda 2030, colocando os que estão mais atrás em primeiro lugar.”
O relatório também “mostra que a Cooperação Sul-Sul continua a mostrar uma expansão lenta e constante, com diversificação e resiliência.” Segundo Zhenmin, isso “está a reduzir as assimetrias no acesso às oportunidades de desenvolvimento e respondendo diretamente às necessidades locais.”
O diretor da Agência Brasileira de Cooperação, João Almino, participa num painel sobre Cooperação Sul-Sul na terça-feira.
Apresentação: Daniela Gross