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ONU condena ataque no Afeganistão que causou oito mortes em estádio de críquete

O críquete é um dos desportos mais populares no Afeganistão.
Unama / Jawad Jalali
O críquete é um dos desportos mais populares no Afeganistão.

ONU condena ataque no Afeganistão que causou oito mortes em estádio de críquete

Paz e segurança

Secretário-geral lembrou obrigação de todas as partes de protegerem civis; país realiza eleições parlamentares em outubro. 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque que causou oito mortos, na sexta-feira, num estádio de críquete na cidade de Jalalabad, no Afeganistão.

Numa nota publicada pelo seu  vice-porta-voz, Farhan Haq, o chefe da ONU afirma que "os ataques contra civis são violações graves dos direitos humanos e do direito internacional humanitário e nunca podem ser justificados".

Ataque

Na mesma nota, Guterres adianta que "as Nações Unidas mantêm que todas as partes no conflito devem sempre cumprir a sua obrigação de proteger os civis de danos.”

A Missão da ONU no Afeganistão, Unama, afirmou que quatro explosivos foram detonados. O alvo eram as pessoas que assistiam a uma partida de críquete, após as orações da noite.

O representante especial do secretário-geral da ONU para o Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, disse estar  "indignado com este ataque que usou quatro bombas cuidadosamente calculadas para matar e mutilar os civis que assistiam a um jogo de críquete."

Tadamichi Yamamoto diz que estes ataques não podem interromper o caminho para a paz.
Unama/Najib Haidary
Tadamichi Yamamoto diz que estes ataques não podem interromper o caminho para a paz.

Segundo ele, “este ato frio e brutal não pode ter justificação” e os autores “devem ser responsabilizados.”

Intenção

A Unama disse que dois explosivos foram detonados dentro do estádio, e os outros dois do lado de fora, aparentemente cronometrados para atacar os que estão fugindo das primeiras explosões.

As explosões deixaram dezenas de mortos, com muitos dos feridos agora em estado crítico.

Conflito

O conflito armado no Afeganistão matou 763 civis e feriu 1,495 nos primeiros três meses deste ano.

Yamamoto afirmou que  “num momento em que os afegãos estão olhando para a tão necessária paz, não se pode permitir que estes ataques detenham a determinação coletiva de progredir para o fim do conflito."

Guterres e Yamamoto expressaram suas condolências às famílias dos mortos e desejaram uma recuperação completa e rápida dos feridos.

 

Apresentação: Alexandre Soares