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Abril foi o mês mais sangrento para civis no Iémen

Os combates pioraram as condições de pobreza da população iemenita.
Unicef/Dia Al-Adimi
Os combates pioraram as condições de pobreza da população iemenita.

Abril foi o mês mais sangrento para civis no Iémen

Paz e segurança

No período mais fatal do ano, morreram 236 pessoas e outras 238 ficaram feridas; Escritório de Direitos Humanos preocupado com tendência de aumento de baixas civis; pelo menos 6.385 civis perderam a vida em três anos no país árabe.

O mês de abril foi o mais fatal para civis no Iémen neste ano, com o aumento “acentuado” do número de mortos para 236 por causa do conflito no país.

Esta sexta-feira, o Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos anunciou que outras 238 pessoas ficaram feridas durante o período.

Tendência

O total dos mortos e feridos chega a 474, mais do dobro das 180 baixas civis documentadas em março deste ano, anunciou a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Ravina Shamdasani disse a jornalistas, em Genebra, que somente na primeira semana de maio morreram 63 civis e 57 pessoas ficaram feridas no Iémen. O escritório alerta que a tendência de aumento de mortos continua em maio.

Os confrontos envolvem o governo e os rebeldes houthis.
UN Ocha/Giles Clarke
Os confrontos envolvem o governo e os rebeldes houthis.

Respeito

Shamdasani expressou “profunda preocupação” com a subida do número de baixas civis. Ela voltou a apelar a todas as partes envolvidas no conflito que respeitem o Direito Internacional Humanitário.

As Nações Unidas estimam que 6.385 civis tenham perdido a vida e outros 10,047 ficaram feridos no conflito desde março de 2015. Os confrontos envolvem o governo e os rebeldes houthis e os combates também decorrem na capital, Sanaa.

O Escritório destaca que a grande maioria das mais de 10 mil baixas civis foram devido aos ataques aéreos da aliança de países que apoia o governo do Iémen, liderada pela Arábia Saudita. 

Apresentação: Eleutério Guevane.