Superlotação nas salas de aula é problema nas escolas de Gaza
70% dos centros de ensino administrados pela Unrwa e 63% das escolas públicas operam em dois turnos, reduzindo as horas de aprendizado para os alunos; conflito e 11 anos de bloqueios econômicos prejudicam o sistema educacional na Faixa de Gaza.
A violência e os 11 anos de bloqueios econômicos têm tido impacto no bem-estar de crianças e de professores da Faixa de Gaza. O destaque está em um levantamento do Escritório da ONU para Coordenação de Assistência Humanitária, Ocha.
Mais de 450 mil alunos e professores da pré-escola e dos ensinos básico e secundário são identificados no estudo como “pessoas que precisam de assistência”.
Dificuldades
Quase 50% dos estudantes de cinco a 17 anos de idade não alcançam todo o seu potencial na escola, já que a violência tem um impacto psicológico, criando dificuldades de aprendizado, incluindo para ler e escrever.
As escolas na Faixa de Gaza também estão superlotadas: 70% dos centros de ensino administrados pela Unrwa, a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, e 63% das escolas do Ministério da Educação operam em jornada dupla.

Construções
Isso reduz as horas de estudo dos alunos em matérias relevantes, além de contribuir para o aumento dos índices de violência nas escolas. Além das salas de aula superlotadas, existe pouco espaço para atividades extracurriculares.
De acordo com o Ministério da Educação, é preciso construir, até 2021, 86 escolas e acrescentar mais de 1 mil salas de aula às escolas já existentes para garantir um ambiente seguro para o aprendizado.
Atualmente, somente 30% das crianças entre três e seis anos de idade frequentam a pré-escola em Gaza. Segundo o Ocha, isso faz com que muitos menores fiquem privados de “uma fase crítica de aprendizado e desenvolvimento holístico”.
Além da falta de espaço nas escolas, os moradores da Faixa de Gaza continuam enfrentando falta de energia elétrica, de abrigo, privação econômica e condições de vida ruim.
Apresentação: Leda Letra.