Necessários mais de US$ 670 milhões para conter insegurança alimentar no Sahel
FAO, Unicef e PMA pedem fundos imediatos para ajudar cerca de 5 milhões de pessoas; países mais afetados são Mauritânia, Senegal, Mali, Níger, Burquina Fasso e Chade.
Três agências da ONU alertam que a fome aguda e a desnutrição podem afetar milhões de pessoas na região africana do Sahel devido à seca, aos altos preços dos alimentos e aos conflitos. Estima-se que os fundos cheguem a US$ 676 milhões.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, e o Programa Mundial de Alimentação, PMA, querem ação internacional imediata para alimentar cerca de 5 milhões de pessoas.
Crise nutricional
Mais de 1,6 milhões de crianças correm o risco de sofrer de desnutrição aguda grave. O número corresponde à metade dos menores de idade que enfrentaram a crise nutricional de 2012.
Esta quinta-feira, o grupo de agências realçou a falta de chuvas em áreas pastoris do sul da Mauritânia, do norte do Senegal e em partes do Mali, do Níger, do Burquina Fasso e do Chade.
Em 2017, a calamidade arrasou o gado e as colheitas, além de ter afetado os meios de subsistência. Essa situação levou ao início precoce da época de escassez.
Fome

Grande parte do valor pedido aos parceiros e doadores será para a alimentação. O PMA precisa de US$ 284 milhões para resposta de baixa temporada para fornecer assistência alimentar e nutricional a 3,5 milhões de pessoas.
Já o Unicef quer US$ 264 milhões para apoiar pelo menos 989 mil crianças em risco de sofrer de desnutrição aguda grave. A ajuda seria com alimentos terapêuticos e para melhorar o acesso à água, ao saneamento e à educação até o fim do ano.
A FAO precisa de US$ 128 milhões para ações urgentes para prevenir que a situação venha a piorar para os pastores de gado que vivem nas áreas com maior concentração de animais.
Apresentação: Eleutério Guevane.