Chefe dos direitos humanos da ONU visita área de protestos na Etiópia

Zeid Al Hussein afirma que chegada de novo primeiro-ministro indica otimismo para resolução da situação em Oromia, no sul do país; alto comissário encontrou-se com representantes da sociedade civil, bloguistas, líderes religiosos e políticos.
O alto comissário de Direitos Humanos da ONU visitou a região etíope de Oromia, que enfrenta protestos há três anos. Zeid tentava fazer a viagem desde o ano passado, mas o governo havia recusado a visita.
O estado do sul da Etiópia tem sido alvo de violações de direitos humanos. Zeid disse que notou “claras expressões de otimismo e esperança” quanto ao novo governo do primeiro-ministro Abiye Ahmed.
O alto comissário contou que o novo chefe do governo deve abordar as “disparidades que levaram às recentes manifestações” e acredita que “a democracia não pode ser realizada sem direitos humanos”.
No fim da sua visita à Etiópia, o chefe dos direitos humanos assinou um acordo para melhorar a cooperação entre o seu Escritório e o Governo da Etiópia.
Zeid contou a jornalistas que instou as autoridades da Etiópia a abrir mais o espaço democrático e reiterou que a ONU pode apoiar os esforços para a responsabilização de autores de abusos dos direitos humanos.
Após ter pedido ao governo para investigar a violência em Oromia, o alto comissário encontrou-se com chefes tradicionais, líderes da oposição e ativistas da sociedade civil recentemente libertados na área.
Na Universidade de Addis Abeba, o chefe dos Diretos Humanos conversou com representantes da sociedade civil, jornalistas cidadãos, líderes religiosos e políticos, que segundo ele, “abordaram questões importantes de direitos humanos”.
Esses pedidos incluem a libertação de mais detidos por questões ligadas aos direitos à liberdade de reunião, expressão e opinião.
Apresentação: Eleutério Guevane.